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EUA se tornará acionista de start-up dedicada a transformar terras raras

A operação conecta o governo americano a investidores privados, que injetarão 550 milhões de dólares (R$ 2,94 bilhões) no capital da Vulcan Elements, segundo comunicado.

Redação Jornal de Brasília

03/11/2025 20h48

Bandeira dos EUA

Foto: Reprodução/X

O governo dos Estados Unidos se tornará acionista da start-up Vulcan Elements, especializada na transformação de terras raras, informou a empresa nesta segunda-feira (3), em uma tentativa de Washington de reduzir sua dependência da China para obter esses metais.

A empresa, com sede em Durham (Carolina do Norte), fabrica ímãs potentes destinados à indústria, a partir de uma liga que inclui neodímio, um dos metais do grupo das terras raras. Esses ímãs são um componente crucial para muitos setores de alta tecnologia.

A Vulcan Elements também planeja processar terras raras em sua fábrica localizada no parque industrial Research Triangle Park, próximo a Durham.

A operação conecta o governo americano a investidores privados, que injetarão 550 milhões de dólares (R$ 2,94 bilhões) no capital da Vulcan Elements, segundo comunicado.

Os Estados Unidos, por sua vez, concederão um empréstimo de 620 milhões de dólares (R$ 3,3 bilhões) e uma subvenção de 50 milhões de dólares (R$ 267 milhões) em troca de receber ações da Vulcan equivalentes a esse valor.

O governo também emprestará 80 milhões de dólares (R$ 428 milhões) à ReElement Technologies, outra empresa americana dedicada à produção de terras raras prontas para transformação, que já havia assinado um acordo de fornecimento com a Vulcan em agosto.

“Nossa aposta na Vulcan Elements acelerará a produção nos Estados Unidos de ímãs derivados de terras raras para a indústria americana”, disse o secretário de Comércio, Howard Lutnick, citado no comunicado.

No contexto das tensões comerciais com os Estados Unidos, a China restringiu progressivamente suas exportações de terras raras, das quais controla mais de 90% do mercado mundial de refino.

Após uma mudança de postura no início de outubro, o presidente americano Donald Trump ameaçou aumentar em 100% as tarifas impostas à China. Mas, finalmente, ambos os países chegaram a um acordo na semana passada, que inclui a suspensão das novas restrições sobre as terras raras.

© Agence France-Presse

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