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EUA revoga restrições de visto para Gana após receber deportados

Após várias negociações, o presidente de Gana, John Mahama, revelou no início deste mês que seu país aceitou acolher imigrantes oriundos da África Ocidental deportados pelos Estados Unidos

Redação Jornal de Brasília

26/09/2025 22h27

Foto: CHARLY TRIBALLEAU / AFP

Foto: CHARLY TRIBALLEAU / AFP

Os Estados Unidos reverteram suas restrições de visto a Gana, informou nesta sexta-feira (26) seu ministro das Relações Exteriores, no momento em que o país africano se tornou em um centro-chave de recepção dos imigrantes deportados pelo presidente Donald Trump.

Como parte do endurecimento de sua política migratória, Washington anunciou em junho que os vistos para cidadãos de Camarões, Etiópia, Gana e Nigéria seriam limitados a três meses e a uma única entrada.

Após várias negociações, o presidente de Gana, John Mahama, revelou no início deste mês que seu país aceitou acolher imigrantes oriundos da África Ocidental deportados pelos Estados Unidos. Pelo menos 14 pessoas foram enviadas para lá desde o início de setembro.

“As restrições de visto impostas pelos Estados Unidos a Gana” foram “revertidas”, disse nesta sexta-feira o chanceler Samuel Okudzeto Ablakwa.

“Os ganeses agora podem optar por vistos de entrada múltipla de cinco anos e outros privilégios consulares melhorados”, acrescentou.

Em uma publicação na rede social X, Ablakwa disse que a “boa notícia” foi comunicada por funcionários americanos às margens da Assembleia Geral da ONU.

Trump transformou as chamadas deportações para “terceiros países” em um símbolo de sua campanha contra a imigração irregular, enviando pessoas para países com os quais não têm vínculos nem familiares, em particular a prisão de segurança máxima Cecot em El Salvador.

Todos os imigrantes enviados para Gana tinham conseguido proteção dos tribunais de imigração americanos contra a deportação para seus países de origem, dizem seus advogados, embora Acra tenha enviado pelo menos quatro deles à sua terra natal, segundo um balanço da AFP.

© Agence France-Presse

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