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EUA diz que Ruanda e RD Congo se comprometeram a reduzir tensões

O leste da República Democrática do Congo, uma região fronteiriça com Ruanda e rica em recursos naturais, é cenário de um conflito armado há três décadas.

Redação Jornal de Brasília

07/11/2025 23h54

with hints of a democratic revival, newsom's white house hopes rise

Foto por MANDEL NGAN / AFP

Ruanda e República Democrática do Congo prometeram reduzir as tensões e respeitar o acordo de paz firmado em junho, que não interrompeu a violência no terreno, anunciaram fontes diplomáticas americanas nesta sexta-feira (7).

O leste da República Democrática do Congo, uma região fronteiriça com Ruanda e rica em recursos naturais, é cenário de um conflito armado há três décadas.

A violência escalou desde janeiro com a tomada das grandes cidades congolesas de Goma e Bukavu pelo grupo armado M23, apoiado por Ruanda.

Os dois países haviam chegado a um acordo de paz no fim de junho em Washington, e as autoridades congolesas e o M23 firmaram em julho em Doha, no Catar, uma declaração de princípios a favor de um “cessar-fogo permanente”.

Mas os ataques têm persistido e o presidente congolês Felix Tshisekedi acusou Ruanda recentemente de querer anexar o leste da República Democrática do Congo.

Contudo, o presidente Donald Trump tem-se gabado repetidamente sobre o acordo entre Kigali e Kinshasa — contando o conflito como uma das muitas guerras que conseguiu encerrar — e afirma que o pacto abre caminho para que os Estados Unidos assegurem o fornecimento de minerais críticos para tecnologia avançada.

Em uma reunião em Washington, as partes “reconheceram o progresso lento e se comprometeram a redobrar os esforços para implementar o acordo de paz de Washington”, diz um comunicado conjunto emitido pelo Departamento de Estado americano.

Um dos pontos do acordo inclui o pedido de Ruanda para que seu vizinho neutralize as Forças Democráticas para a Libertação de Ruanda (FDLR), um grupo armado fundado por antigos líderes hutus ruandeses responsáveis pelo genocídio dos tutsis em 1994, que Kigali considera uma “ameaça existencial”.

© Agence France-Presse

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