O secretário de Estado americano, Marco Rubio, afirmou nesta sexta-feira (24) que mais países estão dispostos a normalizar as suas relações com Israel, mas que a decisão dependerá de um acordo regional mais amplo.
Rubio, que chegou na quinta-feira em Israel para averiguar o cessar-fogo promovido por Washington em Gaza, afirmou que um fim duradouro do conflito poderia incentivar mais países a unirem-se aos Acordos de Abraão.
Vários países árabes – Emirados Árabes Unidos, Bahrein e Marrocos – normalizaram suas relações com Israel em 2020 por conta destes acordos.
“Existem muitos países que querem se unir” aos acordos, afirmou o secretário de Estado americano.
“Acredito que alguns países provavelmente poderiam aderir agora mesmo, se quisessem, mas queremos fazer algo grande a esse respeito, então estamos trabalhando nisso”, declarou Rubio aos jornalistas.
“Creio que seria fantástico e que poderia ser uma consequência positiva adicional” do cessar-fogo em Gaza, acrescentou.
Rubio não especificou os países, mas assegurou que havia “alguns mais importantes que outros”.
A Arábia Saudita manteve conversações com os Estados Unidos para normalizar as suas relações com Israel, o que seria um marco histórico, uma vez que abrigam os dois locais mais sagrados do islã.
No entanto, o reino do Golfo recuou na normalização após o início da guerra na Faixa de Gaza, desencadeada pelo ataque do Hamas a Israel em outubro de 2023.
Tanto o presidente dos EUA, Donald Trump, como o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, consideram os Acordos de Abraão uma grande conquista.
A Arábia Saudita, no entanto, insistiu que não pode normalizar as suas relações sem que haja avanços em direção a um Estado palestino independente, uma perspectiva à qual Netanyahu se opõe.
AFP