O presidente do governo espanhol, Pedro Sánchez, anunciou nesta terça-feira (18) um “novo pacote de apoio militar” à Ucrânia no valor de 615 milhões de euros (R$ 3,8 bilhões) a partir do “próximo mês” para apoiar o Exército de Kiev antes da invasão russa.
“Compartilhei com o presidente [Volodimir] Zelensky que, ao longo do próximo mês, a Espanha vai mobilizar um novo pacote de apoio militar à Ucrânia no valor de 615 milhões de euros”, declarou Sánchez numa coletiva de imprensa ao lado do dirigente ucraniano em Madri.
“Este pacote incluirá, em primeiro lugar, o envio de novos equipamentos defensivos por um valor aproximado de 300 milhões de euros” (R$ 1,85 bilhões), como parte do acordo bilateral de segurança de 1 bilhão de euros anuais (R$ 6,18 bilhões) firmado em 2024 entre os dois países, afirmou Sánchez.
A coletiva ocorreu após uma conferência de assinatura de documentos bilaterais, que incluiu um destinado a combater “a desinformação russa”.
Sánchez reiterou o apoio total e firme do governo da Espanha diante do “neoimperialismo de [Vladimir] Putin”, o presidente russo que tentou a invasão da Ucrânia em fevereiro de 2022.
Desde então, uma guerra envolveu milhares de mortos, entre civis e militares, além de milhões de ucranianos deslocados.
“A luta de vocês é a nossa”, destacou Sánchez ao lado de Zelensky, que visitou Madri nesta terça-feira após ter estado em Paris na segunda.
O dirigente ucraniano deverá viajar na quarta-feira para a Turquia para tentar reativar, mais uma vez, as negociações previstas para pôr fim à guerra, numa reunião com o seu turco, Recep Tayyip Erdogan, e o enviado americano Steve Witkoff.
Antes da reunião no Palácio da Moncloa, residência oficial do presidente do governo espanhol, Zelensky e Sánchez visitaram o museu de arte Reina Sofia, no centro de Madri, para ver “Guernica”, uma célebre obra de Pablo Picasso.
O quadro é um “símbolo universal da barbárie, da guerra, um canto à paz”, segundo disse Sánchez, que acrescentou a Zelensky que “mais cedo que tarde nossos dois países compartilharão o privilégio da paz, do desenvolvimento econômico da prosperidade e do projeto europeu”.
No início da invasão russa, Zelensky comparou o massacre de Guernica, uma pequena cidade do País Basco espanhola bombardeada em 1937 pela aviação nazista em apoio às tropas de Francisco Franco durante a Guerra Civil.
AFP