O autor mexicano Gonzalo Celorio, ensaísta, romancista e editor, foi laureado nesta segunda-feira (3) com o prêmio Cervantes, o mais importante das letras em espanhol, anunciou em Madri o ministro da Cultura da Espanha, Ernest Urtasun.
“Ao longo de mais de cinco décadas, Gonzalo Celorio consolidou uma voz literária de notável elegância e profundidade reflexiva, na qual conjuga a lucidez crítica com uma sensibilidade narrativa que explora os matizes da identidade, a educação sentimental e a perda”, explicou Urtasun ao anunciar o prêmio ao escritor mexicano de 77 anos.
Entre suas obras mais reconhecidas estão os romances “Amor propio”, “El viaje sedentario”, “Y retiemble en sus centros la tierra”, “El metal y la escoria” e “Mentideros de la memoria”, bem como os ensaios “Los subrayados son míos” e “Cánones subversivos”.
Com uma dotação de 125.000 euros (R$ 770 mil, na cotação atual), o prêmio Cervantes começou a ser concedido em 1976 e grandes nomes foram agraciados como Alejo Carpentier, Jorge Luis Borges, Mario Vargas Llosa, Camilo José Cela, Guillermo Cabrera Infante, Álvaro Mutis, Carlos Fuentes, Nicanor Parra, Sergio Ramírez e Rafael Cadenas.
Celorio receberá o prêmio das mãos do rei Felipe VI em 23 de abril no salão de eventos da Universidade de Alcalá, nos arredores de Madri, onde acontece o ato solene no aniversário da morte em 1616 de Miguel de Cervantes, autor de “Don Quixote de la Mancha”.
Nascido na Cidade do México em 1948, Celorio é um dos nomes de maior destaque da literatura mexicana contemporânea.
Doutor em Língua e Literaturas Hispânicas, especializado em Literatura Hispano-Americana pela Faculdade de Filosofia e Letras da Universidade Nacional Autônoma do México (Unam), desenvolveu um extenso trabalho acadêmico e docente.
AFP