A empresa sul-coreana Korea Zinc construirá uma fundição de minerais críticos, pelo valor de 7,4 bilhões de dólares (40 bilhões de reais), nos Estados Unidos, com o apoio de Washington, informou a empresa à AFP nesta terça-feira.
O acordo, que representaria a criação da primeira refinaria de zinco dos Estados Unidos desde a década de 1970, foi anunciado no momento em que o governo de Donald Trump tenta assegurar as cadeias de suprimentos e enfrentar a China.
Pequim domina o abastecimento mundial dos minerais críticos, considerados essenciais para a tecnologia militar, os semicondutores e a eletrônica.
A Korea Zinc, um dos principais processadores mundiais do metal, “assinou uma aliança estratégica com o Departamento de Defesa e o Departamento de Comércio dos Estados Unidos, que investirão conjuntamente na construção de uma fundição em larga escala”, informou a empresa em comunicado.
A aliança implica a construção de uma fábrica de 650.000 metros quadrados no estado do Tennessee, sudeste dos Estados Unidos.
A Korea Zinc afirmou que a concorrência geopolítica pelos recursos naturais está se intensificando “a nível global e que alguns países exercem cada vez mais influência sobre as cadeias de suprimentos de minerais críticos”.
O subsecretário de Defesa de Washington, Steve Feinberg, afirmou que o projeto, que segundo informações da imprensa ficará próximo de uma importante base militar americana, criará “750 postos de trabalho nos Estados Unidos”.
O secretário de Comércio, Howard Lutnick, chamou o acordo de “grande vitória para os Estados Unidos”.
“Produzirá 540.000 toneladas por ano de materiais essenciais aqui mesmo, nos Estados Unidos”, afirmou no X.
Seul e Washington assinaram em outubro um acordo comercial que incluía o compromisso da Coreia do Sul de investir 350 bilhões de dólares (1,8 trilhão de reais) em setores estratégicos americanos.
AFP