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Emissário econômico de Putin chega aos EUA para diálogos

Kiril Dmitriev afirmou que a viagem, realizada a convite de Washington, busca manter o diálogo econômico entre os dois países apesar das recentes restrições

Redação Jornal de Brasília

24/10/2025 13h18

Foto: Drew Angerer/AFP

Foto: Drew Angerer/AFP

O principal negociador econômico da Rússia, Kiril Dmitriev, disse ter chegado aos Estados Unidos nesta sexta-feira (24), dois dias depois de Washington impor sanções a Moscou sobre suas duas maiores companhias de petróleo.

“Cheguei aos Estados Unidos para continuar o diálogo EUA-Rússia, uma visita planejada há tempos a partir de um convite da parte americana”, declarou no X.

A visita ocorre em meio à decepção americana pela recusa do presidente russo, Vladimir Putin, em aceitar um cessar-fogo na guerra com a Ucrânia, que está prestes a completar quatro anos desde seu início.

No início desta semana, o presidente americano, Donald Trump, descartou conversas que havia programado com Putin em Budapeste, argumentando que não queria “desperdiçar” uma reunião.

Dmitriev disse às agências de notícias russas que transmitiria a posição da Rússia sobre a guerra na Ucrânia em conversas com autoridades da administração Trump.

“A Ucrânia, infelizmente, está interrompendo o diálogo necessário, e está fazendo isso a pedido dos britânicos, dos europeus, que desejam que o conflito continue”, disse, segundo citação da agência TASS.

A Rússia rejeitou os planos de cessar-fogo.

Referindo-se ao último pacote de sanções contra as petrolíferas Lukoil e Rosneft, Dmitriev — ex-banqueiro do Goldman Sachs e graduado pela Universidade de Stanford — afirmou que essas medidas afetarão os Estados Unidos ao provocar um aumento nos preços da gasolina para os consumidores americanos.

“O potencial para uma cooperação com a Rússia ainda existe, mas apenas se os interesses russos forem tratados com respeito”, acrescentou.

As últimas sanções tiveram como alvo a Rosneft e a Lukoil, duas empresas que representam mais da metade da produção petrolífera da Rússia, com o objetivo de afetar sua economia e pressioná-la para que interrompa a guerra contra a Ucrânia.

AFP

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