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Em tensões com EUA, Colômbia pagará soma bilionária por aviões de guerra suecos

Petro assegurou nesta sexta, durante um evento em uma base militar, que serão 17 aviões, justo quando a Colômbia vive momentos de tensão com Washington

Redação Jornal de Brasília

14/11/2025 23h29

Foto: Luis Acosta/AFP

Foto: Luis Acosta/AFP

A Colômbia se comprometeu a pagar cerca de US$ 4,3 bilhões por uma frota de caças suecos Gripen, informou nesta sexta-feira (14) o presidente Gustavo Petro, que, em meio a tensões com os Estados Unidos, garantiu que seu país poderia ser agredido “de qualquer parte”.

O governo colombiano havia anunciado em abril sua decisão de aceitar uma oferta da empresa sueca Saab, mas não havia especificado o montante da negociação, equivalente a 22,7 bilhões de reais na cotação atual, nem o número de aeronaves.

Petro assegurou nesta sexta, durante um evento em uma base militar, que serão 17 aviões, justo quando a Colômbia vive momentos de tensão com Washington pelos ataques a embarcações supostamente utilizadas por narcotraficantes no Caribe e no Pacífico.

O presidente de esquerda garante que, por trás dessas ações, os Estados Unidos desejam se apoderar do petróleo da Venezuela e desestabilizar a região.

Petro assegurou que a frota de aviões de guerra terá a “função de dissuadir a morte de pessoas” dentro do país e “as agressões à Colômbia, venham de onde vierem”.

“Em um mundo geopolítico desordenado”, essas agressões “poderiam vir de qualquer parte”, acrescentou.

Petro é um dos maiores críticos de Donald Trump, que o chamou de “líder do narcotráfico” diante dos altos níveis de produção de cocaína na Colômbia.

O presidente republicano também suspendeu o apoio econômico ao país sul-americano e o retirou da lista de aliados na luta contra as drogas.

Estados Unidos e França haviam oferecido seus aviões de combate à Colômbia, mas Petro recusou essas ofertas.

Os países da região vivem momentos de tensão depois que o Pentágono anunciou uma nova fase na luta contra as drogas com a chegada ao Mar do Caribe do maior porta-aviões do mundo, o USS Gerald R. Ford.

O presidente venezuelano Nicolás Maduro vê essas manobras como uma ameaça.

© Agence France-Presse

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