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Desfile militar na China terá de Putin e Kim Jong-un a Dilma

A parada marca o 80º aniversário da vitória na Guerra de Resistência do Povo Chinês contra a Agressão Japonesa e na Guerra Antifascista Mundial, que é como o país descreve a Segunda Guerra Mundial

Redação Jornal de Brasília

28/08/2025 10h54

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Foto: AFP

NELSON DE SÁ
PEQUIM, CHINA (FOLHAPRESS)

O Ministério das Relações Exteriores da China divulgou nesta quinta (28) a lista dos 26 líderes estrangeiros que, convidados pelo dirigente Xi Jinping, devem acompanhar o desfile militar da próxima quarta (3), em Pequim. Entre eles, o russo Vladimir Putin, o norte-coreano Kim Jong-un e o indonésio Prabowo Subianto.

Também estão previstas as presenças da ex-presidente da República Dilma Rousseff, que hoje dirige o Novo Banco de Desenvolvimento, o Banco do Brics; o assessor especial da Presidência da República, Celso Amorim, e o embaixador Marcos Galvão.

A parada marca o 80º aniversário da vitória na Guerra de Resistência do Povo Chinês contra a Agressão Japonesa e na Guerra Antifascista Mundial, que é como o país descreve a Segunda Guerra Mundial. Deve apresentar os mais recentes armamentos chineses.

A lista de convidados se concentra em líderes asiáticos, muitos dos quais viajam à China para participar também da cúpula da Organização para Cooperação de Xangai, às vésperas do desfile. A entidade é voltada à segurança estratégica no continente.

Além deles, haverá representantes europeus, como o eslovaco Robert Fico, e de outras regiões, como o cubano Miguel Diaz-Canel, o zimbabuense Emmerson Mnangagwa, o iraniano Masoud Pezeshkian e o maldívio Mohamed Muizzu.

O ministro-assistente chinês do exterior, Hong Lei, procurou destacar na entrevista coletiva o número de chefes de Estado e de governo e sua “alta representatividade”. O tema oficial é “Lembrando a História, Lembrando os Mártires, Valorizando a Paz e Criando o Futuro”.

Segundo o think tank Brookings, de Washington, o desfile “é encenado em parte para lembrar o público internacional das contribuições e sacrifícios da China na guerra”, e “a narrativa que o cerca tem a intenção de defender a ordem internacional imediata pós-guerra”.

A divulgação dos nomes dos líderes foi precedida por um esforço do Japão para reduzir a presença no evento, segundo a agência Kyodo. Diplomatas teriam relatado contatos do governo nipônico com capitais europeias e asiáticas, argumentando que a comemoração tem viés antijaponês.

O porta-voz chinês Guo Jiakun reagiu dizendo que, “se o Japão realmente deseja superar questões históricas, deve confrontar e refletir sobre sua história de agressão e respeitar genuinamente os sentimentos do povo da China e de outras nações vítimas”.

A lista de chefes de Estado e governo, na ordem apresentada por Pequim nesta quinta:

Min Aung Hlaing, chefe da junta militar do Mianmar

Vladimir Putin, presidente da Rússia

Kim Jong-un, ditador da Coreia do Norte

Norodom Sihamoni, rei do Camboja

Luong Cuong, presidente do Vietnã

Thongloun Sisoulith, secretário-geral do Comitê Central do Partido Revolucionário do Povo Lao e presidente do Laos

Prabowo Subianto, presidente da Indonésia

Anwar Ibrahim, primeiro-ministro da Malásia

Ukhnaa Khurelsukh, presidente da Mongólia

Shahbaz Sharif, primeiro-ministro do Paquistão

KP Sharma Oli, primeiro-ministro do Nepal

Mohamed Muizzu, presidente das Ilhas Maldivas

Kassym-Jomart Tokayev, presidente do Cazaquistão

Shavkat Mirziyoyev, presidente do Uzbequistão

Emomali Rahmon, presidente do Tadjiquistão

Sadyr Japarov, presidente do Quirguistão

Serdar Berdimuhamedov, presidente do Turcomenistão

Alexander Lukashenko, ditador da Belarus

Ilham Aliyev, presidente do Azerbaijão

Nikol Pashinyan, primeiro-ministro da Armênia

Masoud Pezeshkian, presidente do Irã

Denis Sassou Nguesso, presidente da República do Congo

Emmerson Mnangagwa, presidente do Zimbábue

Aleksandar Vucic, presidente da Sérvia

Robert Fico, primeiro-ministro da Eslováquia

Miguel Diaz-Canel, dirigente de Cuba

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