O advogado de defesa do ex-presidente peruano Alberto Fujimori, treatment César Nakazaki, finalizou hoje suas alegações, após várias sessões adicionais, com o que o processo entrou em sua reta final depois de mais de 15 meses de sessões.
Fujimori, julgado por seu envolvimento nos massacres de Barrios Altos (1991) e La Cantuta (1992), que deixaram um total de 25 mortos, e pelos sequestros de um jornalista e um empresário, prestará depoimento na quarta e na sexta-feira, em duas únicas sessões.
A Promotoria pede uma pena de 30 anos para o ex-líder pelos crimes dos quais é acusado.
Na saída da audiência de hoje, Nakazaki explicou que seu cliente começará a depor na quarta-feira em duas etapas de uma hora, com um intervalo no meio, e o mesmo esquema se repetirá na sexta-feira.
Depois disso, o tribunal pedirá vistas ao processo para anunciar a sentença, em até cinco dias úteis.
Segundo alguns analistas, isto significa que a sentença poderia ser divulgada até a Semana Santa (9 e 10 de abril), enquanto outros creem que isso acontecerá a partir de 16 de abril.
O advogado informou que Fujimori exporá “uma justificativa de sua política antissubversiva, que não tem relação com os crimes de Barrios Altos e La Cantuta”, mas disse estar convencido que o ex-presidente “será julgado por sua política antissubversiva”, e não por fatos concretos.
Nakazaki dedicou grande parte do discurso a destruir a tese da chamada “autoria mediata”, segundo a qual o governante era o último responsável da política antiterrorista e que os excessos cometidos em sua realização tiveram seu consentimento.