A Federação Internacional da Cruz Vermelha (FICV) mobilizou milhares de seus voluntários no mundo todo para tentar limitar o impacto de uma pandemia de gripe suína, pharm já que se reconhece que é tarde demais para conter a expansão do vírus.
“Talvez seja tarde demais para conter o foco – o que foi reconhecido pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que ontem à noite elevou o nível de alerta ao grau cinco de seis – mas não é para reduzir seu impacto”, disse hoje, em entrevista coletiva, o doutor Tammam Aloudat, especialista principal de Saúde da FICV.
Aloudat disse que o principal trabalho destes voluntários é comunitário, dando informação e assistência às pessoas para reduzir a exposição ao risco.
“Com medidas simples, é possível salvar vidas. É preciso garantir que se respeitem medidas de higiene, como lavar as mãos, não espirrar ou tossir em público, e que os contagiados sejam mantidos em quarentena, que fiquem em casa para não contaminar outros, ou em hospitais, se o estado for mais grave”, disse.
Para financiar as primeiras intervenções de urgência da FICV diante da gripe suína, o organismo fez hoje uma chamada no valor de 5 milhões de francos suíços (3,3 milhões de euros).
Aloudat disse que a Cruz Vermelha conta com cerca de 60 mil voluntários, e disse que aproximadamente 20 mil estão permanentemente ativos.
Em casos de doenças infecciosas como a gripe suína, afirmou que os voluntários podem se recusar a participar de uma operação, mas acrescentou que a Cruz Vermelha vem lutando contra este tipo de doença contagiosa há décadas.
No México, onde surgiu o vírus e onde houve os casos mais graves, “todas as unidades da Cruz Vermelha foram alertadas e estão ativas em comunidades, distribuindo folhetos, levando pacientes aos hospitais e com 50 mil equipamentos de proteção aos trabalhadores sanitários”, afirmou o médico.