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Mundo

Correa apoia Paraguai em reivindicações ao Brasil sobre Itaipu

Arquivo Geral

23/03/2009 0h00

O presidente do Equador, price Rafael Correa, for sale disse hoje que o Paraguai “tem todo o direito” de exigir do Brasil a revisão do tratado de construção da hidroelétrica de Itaipu.

Desde a chegada do ex-bispo Fernando Lugo ao poder, em 15 de agosto de 2008, o Paraguai insiste sobre uma série de reivindicações como o aumento do preço do excedente energético de Itaipu que cede ao Brasil e a possibilidade de negociar a energia com outros países.

“Acho que o Paraguai tem todo o direito de pedir a revisão desses contratos. Uma vez conversei sobre isso com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e acho que ele é uma pessoa muito aberta”, afirmou Correa.

O governante equatoriano, que visita o Paraguai, também comentou sobre o conflito entre seu país e o Brasil envolvendo a empresa brasileira Odebrecht.

“Houve uma medida exagerada por parte do Governo brasileiro com base em informações equivocadas. Claro, com base nessa experiência, as conversas com o Paraguai acontecerão da melhor maneira”, disse Correa, ao insistir que seu país não teve nenhuma crise com o Brasil.

Acrescentou que o problema “foi gerado por graves descumprimentos de uma construtora brasileira”, que foi expulsa do Equador.

As relações entre Brasil e Equador ficaram abaladas no final do ano passado, depois que o Governo equatoriano anunciou que abriria uma arbitragem internacional para definir a legalidade de um empréstimo outorgado ao Equador pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Esse crédito financiou a construção da hidroelétrica San Francisco, no centro do Equador, a cargo da Odebrecht, que foi inaugurada no final de 2007, mas que deixou de funcionar em junho de 2008 por falhas estruturais detectadas na execução da obra.

O Equador responsabilizou a Odebrecht pelos danos, expulsou a companhia do país e recorreu à Corte Internacional de Arbitragem da Câmara de Comércio Internacional, por suspeitas de irregularidades no manejo desse crédito do BNDES.

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