Durão Barroso negou que tenha que escolher entre o estímulo fiscal ou a regulação financeira, e ressaltou que as autoridades dos EUA estão “perto da UE” no enfoque das medidas de impulso e na necessidade da reforma financeira, e também têm um enfoque “mais aberto” em matéria de luta contra a mudança climática.
O presidente da Comissão Europeia destacou a importância da cúpula do Grupo dos Vinte (G20, países ricos e principais emergentes) em 2 de abril, em Londres, porque, embora não colocará fim à crise, mostra a capacidade de todo o mundo de trabalhar unido.
Durão Barroso se mostrou confiante em que a reunião em Londres oferecerá resultados concretos, especialmente um impulso claro da confiança, mas precisou que serão necessários mais encontros este ano para completar o “processo” iniciado em novembro de 2008 em Washington.
Na opinião de Durão Barroso, é preciso um acordo global para um impulso fiscal coordenado que permita reativar a demanda, novas regras de funcionamento para os mercados financeiros, uma revisão do modelo de governança das instituições financeiras multilaterais e um compromisso de manter a ajuda ao desenvolvimento.
“A chave agora é impulsionar a demanda, porque demanda significa empregos e essa é nossa prioridade”, disse o presidente da Comissão Europeia.
No entanto, lembrou que as necessidades mais urgentes não podem fazer esquecer os objetivos a médio e longo prazo, e concretamente, o combate contra o aquecimento global e a solidariedade aos países menos desenvolvidos.
Durão Barroso disse confiar em que o G20 seja capaz de chegar a um acordo, entre outras questões, para atualizar as exigências de capital aos bancos, impor novas regras aos “hedge funds”, ao capital risco e sobre a remuneração dos executivos.
Também defendeu intensificar a luta contra os “paraísos fiscais” e inclusive pelo estabelecimento de sanções, mas não considerou estritamente necessário publicar uma nova lista com os territórios que não oferecem informação para fins tributários, a luta contra a lavagem de capitais ou o financiamento do terrorismo.