SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS)
Dias após uma vitória surpreendente nas eleições legislativas na Argentina, o presidente Javier Milei viu dois de seus mais importantes ministros pedirem demissão na noite desta sexta-feira (31): Guillermo Francos, o chefe de gabinete, e Lisandro Catalán, chefe da pasta do Interior.
O primeiro foi Francos, que anunciou sua decisão nas redes sociais no momento em que Milei jantava com o ex-presidente Mauricio Macri na Quinta de Olivos, a residência oficial do líder argentino.
“Considerando os rumores persistentes sobre mudanças no Gabinete Nacional, escrevo-lhe para apresentar minha renúncia ao cargo de Chefe do Gabinete de Ministros, para que o senhor possa iniciar a nova fase de governo após as eleições nacionais de 26 de outubro sem quaisquer entraves”, afirmou o político em uma carta endereçada ao presidente compartilhada no X.
Em seguida, o governo disse que havia aceitado o pedido e nomeou o porta-voz da Presidência, Manuel Adorni, para o cargo. Ato contínuo, Catalán tamém renunciou ao cargo que ocupou por apenas um mês e meio –ele assumiu o ministério no dia 15 de setembro.
“Continuarei apoiando este governo, La Libertad Avanza, porque estou convencido de que os ideais de liberdade são o que transformarão a Argentina”, afirmou o político, também em uma carta compartilhada no X.
Antes disso, na quinta-feira passada (22) e dias antes da votação, o ministro das Relações Exteriores da Argentina, Gerardo Werthein, também renunciou ao cargo. O chanceler vinha sendo alvo de críticas dos apoiadores de Milei às vésperas das eleições às quais o governo chegou desgastado por escândalos envolvendo aliados -o que não impediu o partido do ultraliberal de ter êxito no pleito.