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Mundo

Chefe da ONU alerta líder do exército do Sudão para ‘escalada’ do conflito

Redação Jornal de Brasília

25/09/2024 17h55

Foto: Khaled Desouki / AFP / CP

O secretário-geral da ONU, António Guterres, reuniu-se, nesta quarta-feira (25), em Nova Iorque, com o chefe do exército sudanês, a quem expressou a sua preocupação com a “escalada” do conflito no país africano.

“O secretário-geral manifesta a sua mais profunda preocupação com a escalada do conflito no Sudão, que continua tendo um impacto devastador sobre os civis sudaneses e que ameaça se expandir regionalmente”, informou a ONU em um comunicado após a reunião de Guterres com o general Abdel Fattah al Burhan.

O Sudão mergulhou no ano passado em uma guerra devastadora entre o exército regular e as Forças de Apoio Rápido (FAR).

O conflito deixou saldos de milhares de mortos e mais de 10 milhões de deslocados. Cerca de 26 milhões de pessoas sofrem com a insegurança alimentar grave no país, segundo a ONU.

Mais cedo, os Estados Unidos anunciaram uma nova ajuda de US$ 424 milhões (R$ 2,3 bilhões) para a população deslocada e afetada pela fome no país.

“Os Estados Unidos farão uma nova contribuição de 424 milhões de dólares para a resposta humanitária de urgência ao Sudão e aos países vizinhos”, disse a embaixadora americana na ONU, Linda Thomas-Greenfield.

A missão dos Estados Unidos nas Nações Unidas disse que essa ajuda inclui 175 milhões de dólares (957,7 milhões de reais), com os quais serão comprados o excedente de produção de seus próprios agricultores para alimentar os sudaneses no país, segundo um estudo apoiado pela ONU alertou para uma crise de fome em grande escala.

A embaixadora fez um novo chamado para permitir ajuda para El Fasher, cidade sitiada pelas Forças de Apoio Rápido à medida que os paramilitares buscam tomar o controle total do oeste da região de Darfur.

“Devemos obrigar as partes em conflito a aceitar pausas humanitárias em El Fasher, Cartum e outras áreas altamente vulneráveis, eliminar as barreiras ao acesso humanitário em todas as rotas, deporem as armas e se sentarem para negociar”, disse Thomas-Greenfield.

© Agence France-Presse

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