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Central nuclear ucraniana será reparada ‘em breve’, diz AIEA

Ocupada pelas forças russas desde março de 2022, a usina perdeu sua conexão com a rede elétrica em 23 de setembro

Redação Jornal de Brasília

15/10/2025 22h02

Foto: Ralf1969/Wikimedia Commons

O diretor da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) disse nesta quarta-feira (15) que espera que os reparos para restabelecer o fornecimento de energia elétrica à usina nuclear ucraniana de Zaporizhzhia, a maior da Europa, comecem “em breve”.

Ocupada pelas forças russas desde março de 2022, a usina perdeu sua conexão com a rede elétrica em 23 de setembro, pela décima vez, no corte mais prolongado do fornecimento externo desde a invasão de Moscou.

“Continuo em contato com a Rússia e a Ucrânia para que essas obras possam começar nos próximos dias”, disse o argentino Rafael Grossi, diretor da agência nuclear das Nações Unidas.

A instalação funciona desde então com geradores a diesel de reserva, e, segundo Grossi, “é necessário consertar a fiação elétrica em ambos os lados da linha de frente, a vários quilômetros da usina”.

De acordo com a AIEA, a segurança nuclear “permanece”, já que os seis reatores que foram desligados continuam sendo resfriados de forma eficaz, e os níveis de radiação permanecem normais.

Localizada perto da cidade de Enerhodar, às margens do rio Dnipro, a usina nuclear está próxima da linha de combate. A equipe da AIEA no local “continua relatando atividades militares em diferentes proximidades da usina”, segundo Grossi.

Seus seis reatores, que produziam aproximadamente um quinto da eletricidade da Ucrânia antes da guerra, foram fechados depois que Moscou assumiu o controle. No entanto, a usina precisa de eletricidade para manter seus sistemas de resfriamento e segurança e evitar adversidades.

No começo do mês, Moscou afirmou que a situação estava “sob controle” em Zaporizhzhia, após o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, manifestar preocupação. Moscou e Kiev acusaram-se mutuamente de colocar em risco a segurança nuclear ao atacar a usina, e de causar o último corte de energia.

“Nenhuma das partes se beneficiaria de um acidente nuclear e estou em contato constante com elas para permitir um restabelecimento rápido da conexão”, assegurou Grossi.

© Agence France-Presse

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