A Câmara de Representantes dos Estados Unidos, clinic em resposta às bonificações milionárias que a AIG concedeu a seus diretores, votou hoje a favor de cobrar um imposto de 90% sobre este tipo de pagamentos em empresas resgatadas pelo Governo.
A medida, impulsionada pelo presidente do Comitê de Meios e Arbítrios, Charles Rangel, e respaldada por pelo menos 40 legisladores, foi aprovada por 328 votos a favor e 93 contra.
“Queremos que nos devolvam nosso dinheiro, e queremos que o devolvam já para os contribuintes”, disse a presidente da Câmara de Representantes, a democrata Nancy Pelosi.
Andeliz Castillo, uma porta-voz republicana na Câmara de Representantes, explicou que alguns congressistas de seu partido votaram contra porque querem que as empresas devolvam aos contribuintes 100% das bonificações, e não 90%.
Este projeto de lei é dirigido principalmente contra os altos executivos das empresas que receberam fundos do plano de resgate aprovado pelo Congresso, e em cujos contratos estava estipulado o pagamento de benefícios, mesmo com suas companhias em risco de falência.
Se for aprovada também no Senado, a medida será aplicada a funcionários de empresas que recebam mais de US$ 5 bilhões do plano de resgate financeiro do Governo federal.
A AIG não é a única punida pelos legisladores, pois a medida limita as bonificações a executivos de pelo menos 10 instituições financeiras que receberam dinheiro do plano de resgate financeiro de US$ 700 bilhões.
Entre essas empresas, estão o Bank of America e o Citigroup.