Ao menos onze pessoas morreram nesta terça-feira (12) em bombardeios israelenses contra várias regiões do Líbano, especialmente na periferia sul de Beirute, um reduto do movimento islamista pró-iraniano Hezbollah, disse o Ministério da Saúde.
A milícia xiita, em guerra aberta contra Israel desde setembro, anunciou, por sua vez, que lançou mísseis contra uma base aérea militar ao sul de Tel Aviv, no centro de Israel.
Os bombardeios israelenses desta terça-feira ocorreram em redutos do Hezbollah, mas também em regiões raramente atacadas.
Cinco pessoas morreram e várias ficaram feridas em um bombardeio na região montanhosa de Aley, ao leste de Beirute, segundo o Ministério da Saúde.
Uma fonte de segurança disse à AFP que uma casa que abrigava pessoas deslocadas foi atingida.
No sul do Líbano, onde o Exército israelense promove uma ofensiva terrestre desde 30 de setembro, outro bombardeio em Tefahta, a mais de 20 quilômetros da fronteira, também deixou cinco mortos, informou o Ministério.
Também houve ataques na grande cidade de Nabatiyeh, no sul, e uma pessoa morreu em Hermel, no leste do vale de Beca, na fronteira com a Síria, onde o Hezbollah está baseado.
O Exército israelense lançou uma campanha de bombardeios massivos em 23 de setembro, especialmente nos redutos do movimento pró-iraniano, que lança diariamente foguetes, mísseis e drones contra Israel.
Na manhã desta terça-feira, Israel lançou 13 bombardeios aéreos na periferia sul da capital libanesa, segundo a agência de notícias oficial NNA. Anteriormente, as forças israelenses emitiram ordens de evacuação para vários bairros desta área.
Testemunhas disseram à AFP que ouviram disparos na área antes dos ataques, que eram tiros de advertência para que as pessoas saíssem após os pedidos de evacuação.
Desde o final de setembro, a aviação israelense tem bombardeado regularmente a periferia sul de Beirute, onde vivem entre 600.000 e 800.000 pessoas, segundo estimativas.
Mais de 3.280 pessoas morreram, segundo as autoridades, desde o início dos combates em outubro de 2023, quando o Hezbollah abriu uma frente contra Israel em apoio ao seu aliado Hamas na Faixa de Gaza, onde o movimento islamista palestino está em guerra contra Israel.
A maioria das vítimas morreu desde o início da ofensiva israelense em setembro.
© Agence France-Presse
