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Bombardeio russo contra centro médico de Kharkiv mata quatro civis

A polícia regional afirmou que nas proximidades do estabelecimento médico não existem instalações militares

Redação Jornal de Brasília

25/03/2022 8h46

Busto de Kobzar da destruída Administração Estatal Regional de Kharkiv. Foto da Direcção Principal do Serviço de Emergência do Estado da Região de Kharkiv.

Ao menos quatro pessoas morreram e três ficaram feridas em um bombardeio russo contra um centro médico em Kharkiv, no leste da Ucrânia, anunciou nesta sexta-feira a polícia da segunda maior cidade do país.

“Sete civis ficaram feridos e quatro deles não sobreviveram, após um bombardeio com vários lança-foguetes”, afirmou a polícia no aplicativo Telegram. O comunicado afirma que o ataque atingiu um centro médico civil da zona sul da cidade.

A polícia regional afirmou que nas proximidades do estabelecimento médico havia um centro de ajuda humanitária e que não existem instalações militares na área.

A segunda maior cidade da Ucrânia tinha quase 1,5 milhão de habitantes antes da guerra e fica a menos de 40 quilômetros da fronteira com a Rússia.

A localidade é cenário de violentos combates desde o início da invasão russa há um mês, mas continua sob controle ucraniano.

“Os investigadores estão trabalhando no local”, afirmou a polícia. Analistas estão coletando todas as provas materiais necessárias para que os criminosos sejam levados à justiça, segundo as autoridades.

Kremlin nega violação do direito internacional em ofensiva na Ucrânia

A Rússia negou, nesta sexta-feira, que esteja violando o direito internacional, após ser acusada pela Ucrânia de usar bombas de fósforo em sua intervenção militar no país vizinho.

“A Rússia nunca violou qualquer convenção internacional”, declarou o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, respondendo a uma pergunta dos jornalistas sobre estas acusações ucranianas.

As bombas de fósforo são armas incendiárias cujo uso contra civis é proibido, embora exista a permissão para a utilização contra alvos militares, de acordo com uma Convenção assinada em 1980 em Genebra.

O protocolo III da Convenção Internacional sobre Armas Convencionais estipula que este tipo de arma “é proibido em qualquer circunstância” contra a população civil. Também é proibida contra alvos militares se estão próximos da população civil.

Rússia e Ucrânia assinaram o protocolo.

Vários países foram acusados de usar armas incendiárias nos últimos anos, como Estados Unidos em 2004 no Iraque ou a Rússia em 2018 na Síria.

© Agence France-Presse

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