Menu
Mundo

Bolsas de NY fecham em queda com techs sob pressão e sinais cautelosos do Fed

O clima também é prejudicado pelos sinais de cautela de dirigentes do Federal Reserve, em tensão com a Casa Branca

Redação Jornal de Brasília

24/09/2025 17h42

us economy markets nyse

Uma placa de rua de Wall Street, no Distrito Financeiro, perto da Bolsa de Valores de Nova York (NYSE), em 19 de maio de 2025, na cidade de Nova York. (Foto de TIMOTHY A. CLARY / AFP)

São Paulo, 24 – As bolsas de Nova York estenderam as perdas da véspera e fecharam em queda nesta quarta-feira, 24, com desvalorização das ações de tecnologia em meio a preocupações com a sustentabilidade de gastos com inteligência artificial. O clima também é prejudicado pelos sinais de cautela de dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), em tensão com a Casa Branca.

O índice Dow Jones fechou em queda de 0,37%, aos 46.121,28 pontos. O S&P 500 encerrou o pregão em baixa de 0,28%, aos 6 637,97 pontos, enquanto o Nasdaq, por sua vez, recuou 0,33%, aos 22.497,86 pontos.

De acordo com o Deutsche Bank, a preocupação, do ponto de vista do risco de bolha da IA, é se a Nvidia (-0,82%) está agora contando com investimentos em clientes para alimentar seu crescimento de receita. Ainda em repercussão ao acordo firmado entre a fabricante de Chips e a OpenAI, o Bank of America avalia que o anúncio é uma forma da Nvidia alavancar suas margens de lucro e fluxo de caixa livre em um “volante de crescimento futuro”.

Na esteira da queda da Nvidia, a Apple fechou em queda de 0,83% e a Alphabet recuou 1,80%. O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, disse nesta quarta que o governo americano pode investir em outras empresas, além da Intel (+6,41%), em meio aos relatos de que a administração dos EUA também avalia uma participação acionária de até 10% na Lithium Americas (+95,6%). Dentre outras ações de destaque, a Freeport-McMoRan perdeu 16,95%, a Micron Technology cedeu 2,82% e o ADR da Alibaba subiu 8,22%.

Bessent, porém, afirmou ter ficado surpreso com a moderação de Powell e avaliou que o chefe do BC americano deveria ter sinalizado um corte acumulado entre 100 e 150 pontos-base (pb) para as próximas reuniões de 2025 e 2026. Para Bessent, os juros americanos ainda estão muitos restritivos e precisam baixar. Foram comentários que ajudaram a pressionar os mercados acionários ao longo do dia.

Estadão Conteúdo

    Você também pode gostar

    Assine nossa newsletter e
    mantenha-se bem informado