O Governo Evo Morales rejeitou hoje as denúncias de agressões aos jornalistas na Bolívia da Sociedade Internacional de Imprensa (SIP), dosage e acusou os membros do organismo de ter “uma forte ligação com muitos Governos de direita”.
O porta-voz de Morales, Ivan Canelas, afirmou hoje em comunicado que a SIP “confunde a liberdade de expressão, da qual todos os cidadãos bolivianos gozam, com a liberdade de empresa”.
A SIP denunciou na segunda-feira em relatório divulgado em Assunção que Morales mantém os ataques e escárnio à imprensa independente de seu país, com o argumento de que os meios de comunicação são seus inimigos e estão “a serviço da oligarquia”.
Canelas, que é jornalista, disse que o Governo desprezou a denúncia, porque a SIP critica Morales e outros governantes de esquerda como o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e os governantes de Uruguai, Tabaré Vázquez, e Venezuela, Hugo Chávez.
“(A SIP) Critica todos os presidentes”, sustentou Canelas, ao afirmar que o organismo reúne empresários e donos de meios de comunicação com “forte ligação com muitos Governos de direita”.
Segundo o porta-voz, a SIP tem uma visão empresarial diferente da do trabalhador.
Segundo Canelas, alguns empresários da Bolívia filiados a essa organização censuram os comunicadores, os contratam com baixos salários, e não cumprem deveres sociais, como pagar seguro aos que fazem cobertura em áreas de conflito.