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Beija-mão na Casa Branca sob Trump supera os de governos Biden e Obama

Nesta quinta-feira (27), Trump se reuniu com Keir Starmer, primeiro-ministro do Reino Unido, na sexta reunião bilateral na Casa Branca desde que assumiu o governo, em 20 de janeiro

Redação Jornal de Brasília

27/02/2025 15h16

trump

Foto: Chip Somodevilla/ AFP

JULIA CHAIB
WASHINGTON, EUA (FOLHAPRESS)

A pressão de Donald Trump sobre diversos países tem levado mais líderes estrangeiros a procurarem o republicano em busca de negociações.

Nesta quinta-feira (27), Trump se reuniu com Keir Starmer, primeiro-ministro do Reino Unido, na sexta reunião bilateral na Casa Branca desde que assumiu o governo, em 20 de janeiro.

O republicano também receberá o presidente da Ucrânia, Volodimir Zelenski, alvo de ataques de Trump na última semana, nesta sexta-feira (28). O presidente americano o chamou de ditador e exigiu um acordo com a Rússia para pôr fim à guerra com a Ucrânia.

No mesmo período do seu primeiro mandato, Trump teve cinco reuniões bilaterais com os seguintes líderes da época: Thereza May (Reino Unido), Shinzo Abe (Japão), Justin Trudeau (Canadá), Binyamin Netanyahu (Israel) e Pedro Pablo Kuczynski (Peru).

O comportamento destoa do seu antecessor, Barack Obama, e de seu sucessor no primeiro mandato, Joe Biden. Obama só teve a primeira visita de um líder estrangeiro na Casa Branca em 24 de fevereiro de 2009, mais de um mês depois de sua posse -foi o então premiê japonês, Taro Aso.

Biden, por sua vez, viveu um período diferente por ter assumido o governo no pico da pandemia de Covid-19. A primeira reunião bilateral foi em 23 de fevereiro de 2021, com Trudeau, o vizinho ao norte.

Trump teve sua primeira reunião bilateral em 4 de fevereiro, com Netanyahu. Naquele dia, Trump afirmou que os EUA assumirão o controle da Faixa de Gaza após o fim da guerra Israel-Hamas. O encontro foi costurado para demonstrar a aliança entre os países -Washington é, historicamente, a principal aliada diplomática e militar de Tel Aviv.

No segundo encontro com um líder estrangeiro, em 7 de fevereiro, Trump recebeu o primeiro-ministro japonês, Shigeru Ishiba. No mesmo dia, ele ameaçou impor tarifas adicionais aos produtos importados do Japão caso o déficit comercial americano com o país asiático não seja equilibrado.

Já em 11 de fevereiro, o presidente reuniu-se com o rei da Jordânia, Abdullah 2º, e com o príncipe do país, Al Hussein bin Abdullah, em meio à pressão para que o país receba palestinos no seu plano de expulsar a população de Gaza. Foi também a primeira vez que ele recebeu um líder árabe.

O quarto líder estrangeiro recebido por Trump, em 14 de fevereiro, foi o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, com quem fez um acordo para negociar o equilíbrio da balança comercial. A Índia tem sido alvo de comentários do presidente americano por ser uma das que mais cobram tarifas de produtos dos EUA, segundo o republicano. No mesmo dia, Trump fez o anúncio de seu plano de tarifas recíprocas.

Na última segunda-feira (24), Trump teve a quinta reunião bilateral do novo mandato com o presidente da França, Emmanuel Macron, em um momento em que a mira americana está apontada para a Europa.

O americano tem se aproximado mais do presidente da Rússia, Vladimir Putin, em detrimento da relação com Volodimir Zelenski, da Ucrânia, e da União Europeia, grande apoiadora de Kiev na guerra com Moscou.

LÍDERES QUE VISITARAM TRUMP EM 2025

4 de fevereiro
Binyamin Netanyahu (Israel): encontro demonstra aliança entre os países; Trump diz que EUA assumirão controle de Gaza ao fim da guerra

7 de fevereiro
Shigeru Ishiba (Japão): Trump ameaça tarifas extras se o déficit comercial americano com o país asiático não for equilibrado

11 de fevereiro
Rei Abdullah 2º e príncipe Al Hussein bin Abdullah (Jordânia): pressão para que o país receba palestinos expulsos de Gaza no plano de Trump

14 de fevereiro
Narendra Modi (Índia): acordo para negociar o equilíbrio da balança comercial; no mesmo dia, Trump anuncia seu plano de tarifas recíprocas

24 de fevereiro
Emmanuel Macron (França): americanos miram a Europa enquanto tentam acordo para encerrar conflito na Ucrânia

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