As autoridades do governo colombiano e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia-Exército do Povo (Farc-EP) retomaram as negociações em busca da paz na região. As negociações, denominadas Diálogos de Paz, ocorrem em Havana, capital de Cuba. O tema central, no momento, é a questão agrária. No total, o acordo abordará seis pontos. As mediações são feitas pelos governos de Cuba, do Chile, da Venezuela e da Noruega.
Os integrantes das Farc ressaltaram o respaldo do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas às negociações. Segundo Jesús Santrich, das Farc-EP, o processo de paz pode levar à “superação das profundas desigualdades” na Colômbia. Ele destacou, entretanto, que é fundamental incluir ações que levem à reestruturação do país.
Para o negociador-chefe do governo, Humberto de la Calle, “sem armas, o Estado oferece as garantias necessárias para que a guerrilha se incorpore à democracia”. De acordo com ele, é necessário ampliar a participação das organizações sociais e consolidar a legislação de tal maneira que sejam garantidos os direitos da oposição.
O acordo de paz inclui temas agrários, o fim do conflito armado, uma solução para o problema das drogas ilícitas, garantias de medidas relativas aos direitos das vítimas e mecanismos de verificação do pacto.
O ministro da Agricultura da Colômbia, Juan Camilo Restrepo, disse que as questões relativas ao tema agrário avançam. A expectativa das autoridades colombianas é concluir as negociações até o final do ano.