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Mundo

As principais reações no mundo ao bate-boca entre Trump e Zelensky

Moscou aplaudiu um momento “histórico” e os países do Ocidente reafirmando o seu apoio à Ucrânia

Redação Jornal de Brasília

28/02/2025 19h25

ukraine president volodymyr zelensky visits the white house

Ukraine’s President Volodymyr Zelensky leaves the White House after meeting with US President Donald Trump, in Washington, DC, February 28, 2025. (Photo by SAUL LOEB / AFP)

A inédita altercação verbal entre Donald Trump e Volodimir Zelensky nesta sexta-feira (28) na Casa Branca provocou uma rápida onda de reações em todo o mundo, com Moscou aplaudindo um momento “histórico” e os países do Ocidente reafirmando o seu apoio à Ucrânia.

Estas são as principais reações:

– RÚSSIA: ‘Histórico’

“Histórico”, considerou Kirill Dmitriev, gestor do Fundo Russo de Investimento Direto e um dos negociadores russos nas conversas russo-americanas de 18 de fevereiro na Arábia Saudita.

“Pela primeira vez, Trump disse a verdade na cara do palhaço cheirador de cocaína”, declarou, por sua vez, o ex-presidente Dmitry Medvedev, atual número dois do Conselho de Segurança russo, ao se referir ao presidente ucraniano.

“Como Trump e Vance se contiveram e não deram um tapa nesse canalha é um milagre da moderação”, escreveu a porta-voz da diplomacia russa, Maria Zakharova, no Telegram.

– UE: ‘Nunca estará sozinho’

“Sua dignidade honra a coragem do povo ucraniano. Seja forte, seja valente, seja intrépido. Você nunca estará sozinho, querido presidente Zelensky”, escreveram a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e o presidente do Conselho Europeu, António Costa.

“Vamos seguir trabalhando com você para uma paz justa e duradoura”, acrescentaram em uma declaração conjunta.

– ESPANHA: ‘Com você’, Ucrânia

“Ucrânia, a Espanha está com você”, escreveu o presidente de governo espanhol, o socialista Pedro Sánchez, na rede social X, após o bate-boca acalorado.

Sánchez tem sido um apoiador ativo da Ucrânia após a invasão russa há três anos. Nesta segunda, durante uma reunião internacional em Kiev, prometeu um novo pacote de assistência militar para os ucranianos de um bilhão de euros (R$ 6 bilhões) em 2025.

– FRANÇA: ‘Agressor’ russo

“Existe um agressor que é a Rússia. Existe um povo agredido que é a Ucrânia”, declarou o presidente francês, Emmanuel Macron, durante visita a Portugal.

“Acho que estávamos certos ao ajudar a Ucrânia e sancionar a Rússia há três anos, e continuar fazendo isso”, afirmou.

“É preciso agradecer a todos os que ajudaram e respeitar os que lutam desde o princípio, porque lutam por sua dignidade, sua independência, por seus filhos e pela segurança da Europa”, prosseguiu Macron. “São coisas simples, mas é bom relembrá-las em momentos como estes.”

– ALEMANHA: ‘Apoio inabalável’

“Ninguém deseja mais a paz que os cidadãos da Ucrânia! Por isso buscamos juntos o caminho para uma paz duradoura e justa. A Ucrânia pode contar com a Alemanha e com a Europa”, afirmou o chefe do governo alemão, Olaf Scholz, em comunicado.

Por sua vez, a ministra das Relações Exteriores, Annalena Baerbock, garantiu que “a Ucrânia pode contar com o apoio inabalável de Alemanha, Europa e além”.

– POLÔNIA: ‘amigos ucranianos’

O primeiro-ministro polonês, Donald Tusk, assegurou ao presidente ucraniano e a seus compatriotas que “não estão sozinhos” em mensagem publicada após o bate-boca entre Trump e Zelensky.

“Querido Zelensky, queridos amigos ucranianos, vocês não estão sozinhos”, escreveu Tusk na rede social X minutos depois de o mandatário ucraniano deixar a Casa Branca.

– UCRÂNIA: ‘paz sem garantias’

“A paz sem garantias não é possível”, considerou o primeiro-ministro ucraniano, Denys Shmyhal. “O presidente Zelensky tem razão”, acrescentou. “Um cessar-fogo sem garantias é o caminho para a ocupação russa de todo o continente europeu”.

© Agence France-Presse

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