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Após rebaixamento de nota de crédito, Casa Branca acusa Moody’s de viés político

“Ninguém leva a sério essa ‘análise’. Ele já se provou errado repetidas vezes”, disse Cheung

Redação Jornal de Brasília

17/05/2025 0h00

files us politics trump oval

Um porta-copos dourado com a inscrição “TRUMP” fica na mesa em frente ao presidente dos EUA, Donald Trump, enquanto ele se encontra com o primeiro-ministro irlandês, Micheal Martin, no Salão Oval da Casa Branca em Washington, DC, em 12 de março de 2025. Donald Trump prometeu uma nova “Era de Ouro” para a América. No Salão Oval, pelo menos, ele cumpriu sua promessa com uma transformação chamativa. O republicano decorou o santuário interno da presidência dos EUA com troféus dourados e porta-copos banhados a ouro com a marca Trump, e preencheu quase cada centímetro disponível de espaço na parede com retratos de seus antecessores. (Foto de Mandel NGAN / AFP)

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS)

A Casa Branca adotou um tom agressivo em relação à Moody’s após o rebaixamento da nota de crédito dos Estados Unidos anunciado nesta sexta-feira (16).

O diretor de comunicações da Casa Branca, Steven Cheung, reagiu ao rebaixamento por meio de uma publicação nas redes sociais, criticando o economista da Moody’s, Mark Zandi. Ele chamou Zandi de oponente político do presidente dos EUA, Donald Trump.

“Ninguém leva a sério essa ‘análise’. Ele já se provou errado repetidas vezes”, disse Cheung.

A agência rebaixou a classificação de crédito dos EUA de Aaa para Aa1, enquanto a perspectiva foi alterada de negativa para estável. As outras principais agências, Fitch e S&P, já haviam retirado a classificação impecável dos EUA anteriormente.

A Moody’s afirmou que espera que os déficits federais aumentem para quase 9% do PIB (Produto Interno Bruto) até 2035, em comparação com 6,4% no ano passado, devido ao aumento dos pagamentos de juros sobre a dívida, gastos com direitos adquiridos e uma “geração de receita relativamente baixa”.

“Esse rebaixamento de um nível em nossa escala de 21 níveis reflete o aumento, ao longo de mais de uma década, da dívida pública e das razões de pagamento de juros para patamares significativamente superiores aos de soberanos com classificação semelhante”, escreveu a agência.

Pela primeira vez na história, os Estados Unidos não mantêm a nota de crédito máxima triplo A em nenhuma das três principais agências de classificação de risco. A S&P foi a primeira a retirar a nota máxima do país, em 2011, e a Fitch seguiu o mesmo caminho em 2023.

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