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Anne Frank pode ter sido traída por um notário judeu, segundo livro

Arnold van den Bergh pode ter revelado o esconderijo de Anne Frank em Amsterdã para salvar sua própria família, segundo uma investigação que durou seis anos

Redação Jornal de Brasília

17/01/2022 11h26

Uma investigação de um ex-agente do FBI sobre o mistério não resolvido de quem traiu Anne Frank e permitiu que os nazistas encontrassem seu esconderijo apontou um notário judeu como o principal suspeito, revelou um livro a ser lançado esta semana. 

Arnold van den Bergh pode ter revelado o esconderijo de Anne Frank em Amsterdã para salvar sua própria família, segundo uma investigação que durou seis anos e se refletiu na obra “The Betrayal of Anne Frank” (“A Traição de Anne Frank”, em tradução livre) da autora canadense Rosemary Sullivan, a ser publicado na terça-feira (18). 

As acusações contra Van den Bergh, que morreu em 1950, são baseadas em evidências, incluindo uma carta anônima enviada ao pai de Anne, Otto Frank, após a Segunda Guerra Mundial, segundo trechos publicados pela mídia holandesa nesta segunda-feira(17). 

O Museu Anne Frank disse à AFP que a investigação, liderada pelo agente aposentado do FBI Vincent Pankoke, é uma “hipótese fascinante”, mas são necessárias mais pesquisas. 

As teorias sobre como os nazistas chegaram ao esconderijo que a família Frank ocupou por dois anos, até serem descobertos em 4 de agosto de 1944, são abundantes, mas o nome de Van den Bergh não recebeu muita atenção.

Essa nova pesquisa foi feita a partir de técnicas modernas, incluindo o uso de inteligência artificial para analisar grandes quantidades de dados. 

Assim, a lista de suspeitos foi reduzida a quatro pessoas, incluindo Van den Bergh, que foi membro fundador do Conselho Judaico, uma organização que os nazistas impuseram aos judeus para organizar deportações. 

Os investigadores descobriram que Van den Bergh conseguiu evitar a deportação, mas que essa ordem foi revogada perto da traição que permitiu aos nazistas encontrar a família Frank.

Após o ataque, a família foi deportada e Anne e sua irmã morreram no campo de Bergen-Belsen no ano seguinte. 

Seu pai publicou postumamente seu diário, que já vendeu mais de 30 milhões de cópias.

dk/jhe/an/jc

© Agence France-Presse

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