O chefe do Pentágono, Pete Hegseth, afirmou nesta quarta-feira (29) que a aliança Japão-Estados Unidos é “crucial para dissuadir a agressão militar chinesa”.
Por sua vez, o ministro japonês da Defesa, Shinjiro Koizumi, confirmou os planos do país de acelerar as metas de aumento dos gastos militares.
Os dois se reuniram após o primeiro encontro presencial entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e a nova primeira-ministra japonesa, Sanae Takaichi, que abordou questões de defesa.
O Japão, de longa tradição pacifista, adotou uma posição mais militarista diante do agravamento de suas relações com a China.
“Para responder às contingências e manter nosso país seguro, lado a lado com o Japão, esperamos continuar fortalecendo nossa aliança”, declarou Hegseth na reunião.
Takaichi, que defende uma postura de linha dura com a China, afirmou na semana passada que seu governo atingirá no atual ano fiscal sua meta de investir 2% de seu PIB em defesa, dois anos antes do previsto.
O governo dos Estados Unidos, que mantém quase 60.000 militares no Japão, deseja que Tóquio aumente os gastos com defesa, com o objetivo de alcançar os 5% do PIB prometidos em junho por países integrantes da Otan.
O ministro japonês Koizumi confirmou nesta quarta-feira a nova meta de investimento.
“Adotaremos medidas para alcançar o nível de 2% do PIB neste ano fiscal, mais cedo que o plano original”, disse Koizumi a Hegseth em Tóquio.
“Diante da situação em que as capacidades de mísseis melhoraram significativamente na área ao redor do Japão, acredito que é importante reforçar implacavelmente as capacidades de defesa contra mísseis”, acrescentou.
AFP