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Monique foi ao salão após morte de Henry porque arrancou o mega hair em desespero, diz defesa

Defesa alega que ela não teria condições de se apresentar sem o item no cabelo

Redação Jornal de Brasília

19/04/2021 7h59

Foto: Reprodução

No dia 12 de março, a professora Monique Medeiros da Costa e Silva de Almeida foi a um salão de um shopping na Barra da Tijuca. Três dias antes, ela viu o filho, Henry Borel, 4 anos, morrer. Monique foi presa no dia 8 de abril suspeita do crime, junto ao namorado, o vereador Jairo Souza Santos Júnior, o Dr. Jairinho.

A ida de Monique ao salão é investigada pela Polícia Civil do Rio (PCERJ). Profissionais que atenderam a mulher foram ouvidos, inclusive. A defesa da mãe de Henry argumenta que ela foi ao cabeleireiro porque, em um momento de desespero com a morte do garoto, ela teria arrancado o mega hair. Mega hair é um método de alongamento de cabelos no qual fios são fixados perto do couro cabeludo em várias camadas.

“Monique ficou desesperada, arrancou os cabelos porque tem mega hair. Foi esse o motivo de ela ter ido ao salão no dia seguinte. Ela não tinha como se apresentar daquela forma”, afirmou o advogado Hugo Novais ao jornal O Globo.

No salão, Monique foi atendida por três profissionais e gastou R$ 240. Uma conversa recuperada no celular dela, também obtida pelo O Globo, mostra mensagens trocadas entre a mãe de Henry e uma atendente logo depois que o pagamento foi feito, às 14h. A funcionária se desculpa por ter cobrado valor inferior e detalha o preço de cada serviço: pé: R$ 39; mão: R$ 35; conserto (de unha de acrigel): 27; e tratamento: R$ 139. A moça oferece que Monique transfira, por PIX, os R$ 40 que faltaram, mas a professora responde: “Sem problemas. Vou passar aí.”

Depoimento da cabeleireira

Em depoimento prestado na 16ª DP (Barra da Tijuca), que investiga a morte de Henry, a cabeleireira relatou que a criança dizia “Mamãe, eu te atrapalho?” e “Mamãe, o tio disse que eu te atrapalho”. Ela teria respondido que não, de forma alguma, e Henry, “com um choro manhoso”, teria pedido: “Mamãe, vem pra casa” e “O tio bateu” ou “O tio brigou” – a profissional diz não se lembrar a frase exata.

A profissional disse que a professora estava “um pouco agitada” e, ao terminar de fazer as unhas, fez ou recebeu uma chamada telefônica, tendo iniciado a conversa dizendo: “Você nunca mais fale que meu filho me atrapalha, porque ele não me atrapalha em nada.” E continuou: “Você não vai mandar ela embora, porque se ela for embora, eu vou junto. Porque ela cuida muito bem do meu filho. Ela não fez fofoca nenhuma. Quem me contou foi ele”.

A profissional afirmou que o interlocutor, que seria Jairinho, disse “algo”, ao que Monique respondeu: “Quebra, pode quebrar tudo. Você já está acostumado a fazer isso.” Ela contou que a professora estava exaltada e gritava no telefone, “razão pela qual os presentes puderam ouvir sua conversa”. Ao encerrar a chamada, ela perguntou a cabeleireira se havia algum lugar no shopping que vendesse câmeras, sendo informada sobre uma loja de eletrodomésticos. Durante a reprodução simulada realizada no apartamento do casal, policiais da 16.ª DP localizaram um equipamento dentro da caixa na estante do quarto de Henry.

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