O exército da Nigéria anunciou neste domingo (24) que homens armados mataram pelo menos 16 pessoas no centro do país, onde são frequentes os conflitos entre pastores e agricultores.
O ataque ocorreu na vila de Mushu, no estado de Plateau, relatou o capitão Oya James à AFP. “Após o incidente, houve uma revolta, mas a situação foi controlada”, acrescentou.
“Estávamos dormindo à noite quando, de repente, ouvimos fortes tiros”, contou Markus Amorudu, morador do povoado. “Os agressores capturaram muitos de nós, alguns morreram, outros ficaram feridos”, disse.
A região está na linha divisória entre o norte da Nigéria, predominantemente muçulmano, e o sul, majoritariamente cristão, e enfrenta há anos tensões étnicas e religiosas.
Forças de segurança foram mobilizadas para evitar novos confrontos na área, onde assassinatos por vingança entre pastores, em sua maioria muçulmanos, e agricultores, geralmente cristãos, frequentemente resultam em incursões em aldeias por parte de grupos fortemente armados.
O governador do estado, Caleb Mutfwang, classificou o último ataque como “bárbaro, brutal e injustificado”. “O governo tomará medidas proativas para conter os contínuos ataques contra cidadãos inocentes”, declarou o porta-voz do governador, Gyang Bere.
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