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Economia

Wall Street recupera otimismo após incerteza comercial

As ameaças abalaram os mercados financeiros, especialmente Wall Street, cujo índice de referência registrou, no fim da semana passada

Redação Jornal de Brasília

13/10/2025 19h14

Foto: AFP

A Bolsa de Nova York fechou em alta nesta segunda-feira (13) após uma mudança de tom do presidente Donald Trump em relação à China, país que ele havia ameaçado com tarifas adicionais de 100%, o que havia abalado os investidores.

O Dow Jones subiu 1,29%, enquanto o índice tecnológico Nasdaq avançou 2,29% e o índice ampliado S&P 500 ganhou 1,56%.

Depois de ter ameaçado na sexta-feira passada Pequim com novos impostos sobre os produtos chineses que entram nos Estados Unidos, “Donald Trump recuou [de suas declarações] e deixou claro que tudo iria ficar bem com a China”, comentou à AFP Adam Sarhan, da firma 50 Park Investments.

De acordo com o analista, o que ocorreu é um cenário que se repete. “Trump usa as tarifas, ou a possibilidade de aplicá-las, como um meio de negociar acordos. O mercado reage, e depois se ajusta.”

As ameaças abalaram os mercados financeiros, especialmente Wall Street, cujo índice de referência registrou, no fim da semana passada, sua maior queda em uma sessão desde o caos provocado em abril pela guerra comercial dos Estados Unidos.

Segundo Sarhan, o “repique de alívio” desta segunda-feira continua sendo moderado, já que os principais índices do mercado norte-americano recuperaram apenas cerca de metade das perdas do final da semana.

A Casa Branca, no entanto, continua aplicando novas tarifas setoriais, como as destinadas à madeira de construção e ao mobiliário, que entrarão em vigor nesta terça-feira.

E qualquer retomada das tensões entre Washington e Pequim, “com um aumento das tarifas de ambos os lados, poderia rapidamente sair do controle e provocar uma recessão mundial”, advertiu o especialista.

Paralelamente, o mercado aguarda com expectativa a divulgação dos resultados financeiros trimestrais dos grandes bancos americanos, marcando o início da temporada de balanços.

“Os resultados trimestrais e as perspectivas futuras terão mais peso do que o habitual, já que os dados econômicos (oficiais) não estão disponíveis devido ao bloqueio orçamentário nos Estados Unidos”, destacou Jose Torres, da Interactive Brokers.

© Agence France-Presse

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