A Bolsa de Nova York continuou sua trajetória de alta nesta segunda-feira (27), com a perspectiva de um acordo comercial entre China e Estados Unidos, enquanto os investidores também se preparavam para a reunião do Federal Reserve (Fed, banco central) nesta semana.
Pela segunda sessão consecutiva, os três principais índices de Wall Street atingiram máximas históricas: o Dow Jones subiu 0,71% a 47.544,59 pontos, o Nasdaq cresceu 1,86% a 23.637,46, e o índice amplo S&P 500 avançou 1,23% a 6.875,17.
“Há muito entusiasmo diante da possibilidade de que Donald Trump possa chegar a um acordo comercial com a China”, explicou à AFP Peter Cardillo, da firma Spartan Capital Securities.
O secretário do Tesouro americano, Scott Bessent, anunciou no domingo que Pequim considera adiar a implementação de restrições à exportação de minerais raros e retomar a compra de soja dos Estados Unidos.
Em troca, Washington abriria mão de impor uma tarifa adicional de 100% sobre os produtos chineses.
“Nada foi concretizado ainda”, ponderou, no entanto, Patrick O’Hare, da Briefing.com. O presidente dos Estados Unidos e seu par chinês, Xi Jinping, devem se reunir na quinta-feira “depois devem fazer um anúncio oficial”, disse O’Hare.
Outro fator de alta é que o mercado americano aguarda o início, na terça-feira, de uma reunião de dois dias do comitê de política monetária do Fed. Espera-se que ao fim desse encontro seja anunciada uma redução das taxas de juros em um quarto de ponto.
Taxas de juros mais baixas tendem a estimular a atividade econômica e aumentam as perspectivas de lucros das empresas, o que explica o otimismo em Wall Street.
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