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Economia

Vorcaro vende seguradora em processo de repasse de ativos do Master

Venda ocorre em meio à tentativa de Daniel Vorcaro de levantar recursos para cobrir passivos do Master, após veto do BC à venda de parte do banco ao BRB

Redação Jornal de Brasília

24/09/2025 12h36

Foto: Reprodução

Foto: Reprodução

DIEGO FELIX
FOLHAPRESS

O banqueiro Daniel Vorcaro, dono do Banco Master, vendeu sua participação na seguradora Kovr para Thiago Leão de Moura, Eduardo Viegas e Renato Rennó, sócios minoritários no negócio. O valor não foi divulgado.

A movimentação foi anunciada em um comunicado interno da Kovr a parceiros. Segundo a companhia, a aquisição das ações dará maior independência financeira, solidez e autonomia à operação.

Atualmente, Moura ocupa o cargo de CEO da seguradora, enquanto Rennó é CCO (diretor comercial) e Viegas atua como vice-presidente de operações.

Procurada, a Kovr não quis comentar a negociação.

A notícia é mais um episódio da jornada de Vorcaro na venda dos ativos do Master, que tenta levantar dinheiro no mercado para arcar com o pagamento de seus passivos, grande parte deles em CDBs emitidos com rendimentos exponenciais.

Como mostrou a Folha de S.Paulo, o desenho da operação de aquisição do Master pelo BRB (Banco de Brasília) já deixava de fora o banco Voiter, o Banco Master de Investimento e a Kovr -o banco do governo do Distrito Federal já tem outro canal de seguros próprio e haveria conflito de interesses.

No início de setembro, no entanto, o Banco Central barrou a compra de uma parte do Master, que seria repassada ao banco estatal por R$ 23 bilhões. O negócio era considerado um risco para o BRB, mesmo que a parte adquirida refletisse apenas ativos de melhor qualidade.

Vorcaro já vendeu ativos pessoais e buscava fechar outros negócios para injetar dinheiro no banco quando a operação com o BRB foi vetada pelo BC.

Na semana passada, o Master demitiu 86 funcionários em São Paulo. Ao sindicato que representa os bancários no estado, a instituição disse que não reintegraria os ex-funcionários porque enfrenta um “momento delicado de contenção de despesas” e afirmou que está construindo um plano de contingência, que deve ser apresentado em breve ao Banco Central.

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