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Economia

Trabalhadores de Nova Lima, em MG, recebiam maior renda média do País em 2022, diz IBGE

No ranking dos 10 municípios com maiores rendimentos figuraram apenas cidades das regiões Sudeste e Sul

Redação Jornal de Brasília

09/10/2025 12h15

Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Os moradores do município de Nova Lima, em Minas Gerais, recebiam a maior renda média do trabalho em todo o País, R$ 6.929 mensais, em valores nominais, ou seja, sem correção pela inflação, segundo os resultados preliminares do Censo Demográfico 2022 sobre Trabalho e Rendimento, divulgados nesta quinta-feira, 9, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

No ranking dos 10 municípios com maiores rendimentos figuraram apenas cidades das regiões Sudeste e Sul. Em segundo lugar ficou São Caetano do Sul (SP), com renda média de R$ 6.167, seguido por Santana de Parnaíba (SP), R$ 6.081; Petrolândia (SC), R$ 5 989; Vespasiano Corrêa (RS), R$ 5.779; Tunápolis (SC), R$ 5.417; Marema (SC), R$ 5.395; Niterói (RJ), R$ 5.371; Nova Ramada (RS), R$ 5.328; e Vitória (ES), R$ 5.242.

Na direção oposta, todos os 10 municípios com menores rendimentos do trabalho pertenciam à região Nordeste. Os trabalhadores com mais baixa remuneração do País foram os de Cachoeira Grande, no Maranhão, apenas R$ 759 mensais, seguidos por Caraúbas do Piauí (PI), R$ 788; Mulungu do Morro (BA), R$ 805; Bacurituba (MA), R$ 811; São João do Arraial (PI), R$ 820; Betânia do Piauí (PI), R$ 828; São José do Piauí (PI), R$ 833; Salitre (CE), R$ 851; Tomar do Geru (SE), R$ 876; e Cedral (MA), R$ 878.

O resultado evidencia as desigualdades regionais no mercado de trabalho. O trabalhador de Nova Lima (MG) obtém um salário 813% superior ao de Cachoeira Grande (MA).

Na média nacional, o trabalhador brasileiro recebia R$ 2.851, em termos nominais declarados no ano de 2022. Em 520 cidades, ou 9,3% dos 5.571 municípios do País, o rendimento do trabalho era inferior ao salário mínimo vigente, que era de R$ 1.212.

Renda de todas as fontes

No ano de 2022, 75,5% do rendimento domiciliar total era comporto pelo rendimento de todos os trabalhos, e os 24,5% restantes eram provenientes das demais fontes, que incluem aposentadorias, pensões, programas de transferência de renda e rendimentos de aluguel, entre outros.

A renda do trabalho tinha menor peso na renda total obtida pelas famílias da região Nordeste (67,9% da renda de todas as fontes vinham do mercado de trabalho), mas mais participação na do Centro-Oeste (80,6% da renda de todas as fontes vinham do mercado de trabalho). Entre as Unidades da Federação, o Piauí teve a menor participação do trabalho na renda obtida de todas as fontes, uma fatia de 64,3%, enquanto o Mato Grosso teve a maior, com 84,5%.

Os dez municípios com as maiores participações do trabalho no rendimento domiciliar estavam no Centro Oeste, sendo oito deles no Mato Grosso: Querência (MT), com 93,7% da renda domiciliar provenientes do mercado de trabalho; Sapezal (MT), 93,5%; Primavera do Leste (MT), 92,9%; Campo Novo do Parecis (MT), 92,8%; Chapadão do Sul (MS), 92,7%; Sorriso (MT), 92,6%; Chapadão do Céu (GO), 92,3%; Santa Cruz do Xingu (MT), 92,1%; Campos de Júlio (MT), 91,7%; e Alto Taquari (MT), 91,6%.

Já os dez municípios com as menores participações do mercado e trabalho no rendimento domiciliar total estavam no Nordeste, sendo seis deles no Piauí: Vera Mendes (PI), 23,0%; Jurema (PI), 24,8%; Venha-Ver (RN), 24,8%; São Francisco do Piauí (PI), 25,8%; Pau D’Arco do Piauí (PI), 26,9%; Wall Ferraz (PI), 27,9%; Manari (PE), 28,2%; Vieirópolis (PB), 29,2%; Fartura do Piauí (PI), 31,8%; e Olho d’Água Grande (AL), 31,8%.

Estadão Conteúdo

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