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Economia

‘Temos muita confiança no Brasil’, diz Ana Botín, do Grupo Santander

A presidente do conselho do Grupo Santander, Ana Botín, disse que confia no Brasil, mesmo diante dos atuais bloqueios de estradas

Redação Jornal de Brasília

03/11/2022 8h20

Foto: Luke MacGregor – 14.fev.2014/Reuters

A presidente do conselho do Grupo Santander, Ana Botín, disse nesta quarta-feira, 2, que confia no Brasil, mesmo diante dos atuais bloqueios de estradas em protesto contra a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para a Presidência. “Com o que vimos, temos muita confiança no Brasil e em suas instituições”, afirmou ela, que disse ainda que o setor privado do Brasil é muito forte, o que também traz confiança.

A executiva afirmou que ainda não é possível falar sobre as políticas fiscais que o governo do presidente eleito Lula adotará no ano que vem. “O novo governo ainda não está formado”, afirmou.

Em coletiva de imprensa na sede do Grupo, em Madri, Botín comentou que, na frente monetária, pilotada pelo Banco Central, o País tomou a decisão correta ao antecipar o aperto dos juros. Graças a isso, destacou, é uma das poucas economias do mundo que acumulam deflação em três meses seguidos neste ano.

“Confiamos que o Brasil está à frente de outros países em um momento difícil”, disse a executiva. Com o adiantamento dos juros, ela considera que o País está próximo a um ponto de inflexão neste sentido.

Botín disse também que o banco tradicionalmente trabalha com todos os governos dos países em que opera e que está feliz em continuar com esta visão diante das eleições brasileiras.

A executiva destacou que o Santander trabalhou com o próprio presidente eleito Lula, em sua passagem anterior pelo Palácio do Planalto, bem como com o atual presidente, Jair Bolsonaro (PL), derrotado nas eleições.

Deflação

Para a executiva, o Brasil é o único no mundo que teve três meses consecutivos de deflação em 2022, apesar de estar agora no momento mais difícil do ciclo monetário. “Com a América Latina, somos sempre otimistas”, afirmou. “O Brasil e o México devem crescer mais do que os Estados Unidos em 2023, com inflação menor do que a da Alemanha.”

Botín disse que, quando lhe perguntam se o Brasil é o “país do futuro”, costuma dizer que não: assim como outros países, vive ciclos econômicos com picos e vales. Ela destacou, entretanto, que milhões de pessoas ascenderam à classe média brasileira nos últimos 20 anos.

Estadão Conteúdo

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