Madeira, móveis e eletrodomésticos de cozinha passaram a estar sujeitos a tarifas específicas a partir da meia-noite desta terça-feira, 14, nos Estados Unidos. Assim como aconteceu com os impostos setoriais anteriores (aço e alumínio, depois automóveis e cobre), a Casa Branca justifica as novas tarifas pela necessidade de defender a segurança nacional.
A madeira importada para construção agora será taxada em 10% ao entrar no país, enquanto móveis e utensílios projetados especificamente para cozinhas estarão sujeitos a um imposto de 25%.
A partir de 1º de janeiro, esses impostos alfandegários aumentarão ainda mais: 30% para móveis e 50% para armários de cozinha.
No entanto, os países que assinaram um acordo comercial, como o Reino Unido, estarão sujeitos a taxas alfandegárias de no máximo 10%, assim como a União Europeia (UE) e o Japão — com um máximo de 15%.
Por outro lado, produtos do México e do Canadá, teoricamente protegidos pelo acordo de livre comércio com os Estados Unidos (USMCA) sob diversas condições, provavelmente estarão sujeitos a essa tarifa, principalmente a madeira.
Um duro golpe para o Canadá, que fornece cerca de um quarto das importações de madeira dos EUA.
Em média, essas tarifas podem aumentar os custos de construção em US$ 2.200, estimou Stephen Brown, da Capital Economics, para a AFP.
“Os Estados Unidos importam 27% de seus móveis da China e 20% do Vietnã e do México”, explicou o especialista.
Essas novas tarifas não se somam às já aplicadas a todos os produtos que entram nos Estados Unidos, que variam de 10% a 50%, dependendo do país de origem. /AFP