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Economia

Samuel Pessôa defende privatização da Petrobras e mais carga tributária para acertar fiscal

Pessôa participou do TAG Summit 2025, no qual defendeu que haja uma mudança do governo de esquerda por um de direita

Redação Jornal de Brasília

06/05/2025 17h56

Foto: Agência Brasil

Ao congelamento dos aumentos reais do salário mínimo defendido recentemente pelo ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga para acertar o quadro fiscal, o chefe do Centro de Crescimento Econômico do Instituto Brasileiro de Economia (FGV Ibre), Samuel Pessôa, acrescentou nesta terça-feira, 6, a defesa da privatização da Petrobras, o aumento da carga tributária e a mudança do indexador do gasto mínimo constitucional que a União tem que fazer com o salário-educação

Pessôa participou do TAG Summit 2025, no qual defendeu que haja uma mudança do governo de esquerda por um de direita. Antes, no mesmo evento, já tinha previsto que o Brasil chegará ao final do governo Lula “capengando” e pressionado por uma forte inflação de serviços.

“Teremos que mudar o indexador daquele gasto mínimo constitucional que a União tem que fazer com o salário de educação. Talvez a gente precise de ainda uma rodada de aumento de carga tributária, o que der. Talvez o governo de direita possa avançar na privatização da Petrobrás, para poder juntar um dinheiro para abastecer a vida pública. A experiência do governo Temer é, nesse sentido, positiva”, disse Samuel Pessôa.

O governo Temer, emendou o economista, mostrou que o juro brasileiro é formado no mercado de fluxo. Está no equilíbrio entre oferta e demanda. “E é como a gente ensina nos cursos de economia mesmo. Então, funciona. Ou seja, se a gente mudar o gasto obrigatório, se a gente conseguir reverter a dinâmica do gasto, isso já gera uma queda no juros instantânea. Essa queda no juros faz com que os modelos de previsão de vida pública se analisem para melhora. E isso corta risco”, reforçou Pessoa.

Ainda, segundo ele, se tiver um ganho adicional de custos de capital, a economia entra meio que no círculo virtuoso.

“Isso aconteceu lá no governo Temer e isso vai acontecer no próximo governo. Dá para fazer. As medidas são essas. Elas são dolorosas. A gente viu a dificuldade que a sociedade tem de lidar com a restrição de recursos. Teremos que passar alguns anos sem aumentar o valor real do salário mínimo. Produz um desconforto imenso, eu entendo. Mas a gente vai ter que convencer que as coisas vão ser assim”, completou Pessôa.

Estadão conteúdo

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