O alívio nos preços dos alimentos, tanto no atacado quanto no varejo, foi destaque na desaceleração do Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) de agosto, que avançou 0,51%, ante uma alta de 0,93% em julho, como informou mais cedo nesta quarta-feira, 15, a Fundação Getulio Vargas (FGV).
No IPA-10, que mede os preços no atacado, a desaceleração de uma alta de 0,99% em julho para um avanço de 0,64% em agosto foi puxada pelo subgrupo “alimentos processados”, cuja taxa passou de 4,83% para -0,36%, informou a FGV, em nota. Alguns itens com movimento descendente na dinâmica de preços foram aves (de 18,24% para -1,14%), suínos (de 8,81% para -5,02%) e café em grão (de -0,03% para -4,43%).
No IPC-10, componente do IGP-10 que mede os preços ao consumidor, os alimentos levaram a variação para próximo de zero (alta de 0,14% em agosto, ante um avanço de 0,78% em julho). A FGV informou que “todas as classes de despesa” do IPC-10 registraram taxas de variação menores em agosto, “com destaque para o grupo Alimentação (0,51% para -0,37%)”.
Um dos destaques foi o item “laticínios”, que avançou 2,11% em agosto, após registrar alta de 7,21% em julho. No rol das maiores contribuições de baixa no IPC-10 de agosto estão a cebola (cujos preços passaram de uma queda de 20,19% em julho para um tombo de 39,96% em agosto) e a batata-inglesa (que passou de -17,36% para -20,43%).
Segundo a FGV, também apresentaram decréscimo em suas taxas de variação os grupos Habitação (1,63% para 0,82%), Transportes (0,78% para 0,09%), Educação, Leitura e Recreação (0,86% para -0,12%), Comunicação (0,40% para 0,07%), Vestuário (-0,32% para -0,47%), Despesas Diversas (0,14% para 0,09%) e Saúde e Cuidados Pessoais (0,33% para 0,29%).
Também trouxeram alívio para a inflação ao consumidor em agosto os itens tarifa de eletricidade residencial (de uma alta de 7,60% para um avanço de 3,57%) e gasolina (de 1,28% para 0,05%).
Fonte: Estadao Conteudo