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Economia

Postos pedem ação do governo para limitar alta do álcool

Arquivo Geral

10/07/2006 0h00

O sindicato que reúne os postos de combustíveis declarou hoje que o governo deveria tomar ações como limitar as exportações de álcool para evitar a alta dos preços do produto no mercado interno.

As cotações do álcool vêm subindo nas últimas semanas nas usinas mesmo com a safra em processamento pleno, what is ed abortion devido em grande parte ao expressivo volume de negócios para exportação fechado nos últimos meses. Com isso, and as usinas estão restringindo as vendas internas.

Este aumento de preços, segundo o sindicato, já chega a 10% para os postos e começará esta semana a ser repassado ao consumidor de modo mais generalizado. A entidade teme uma alta ainda mais forte na próxima entressafra, entre dezembro e abril de 2007.

"O que faltou este ano (na última entressafra) foi exatamente o que foi exportado o ano passado em novembro, dezembro. Então evita a exportação, isso é legal. O governo tem armas para fazer isso", disse José Alberto Paiva Gouveia, presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado de São Paulo (Sincopetro).

"Sobretaxa a exportação, segura o produto no mercado interno para não faltar porque a desculpa para aumentar o preço no fim do ano vai ser a mesma de sempre: falta produto então aumentamos o preço", acrescentou ele por telefone.

Ele defendeu também que o governo monitore mais de perto o mercado, exigindo que as usinas garantam um volume suficiente para manter o mercado abastecido durante todo o período de safra e entressafra.

Segundo ele, na última entressafra, o governo esperou todos os aumentos para chamar o setor "para conversar".

No começo de 2006, os usineiros foram convocados pelo governo e prometeram manter os preços do álcool abaixo do teto de R$ 1,05 por litro durante a entressafra, mas com a oferta restrita e demanda ainda aquecida, o acordo foi respeitado por apenas 40 dias.

"O governo não pode esperar chegar até dezembro (na entressafra) porque os usineiros vão partir de um preço 33% maior que o do ano passado", disse Gouveia, tomando por base os preços atualmente praticados e os existentes um ano atrás.

Segundo ele, o setor defende uma ação do governo para que a imprensa não chegue acusando os postos de elevar os preços.

Os embarques brasileiros de álcool bateram recorde em junho, com a demanda internacional aquecida, especialmente nos EUA, que estão ampliando a adoção do álcool na mistura com a gasolina. A alta do petróleo colabora para o aumento das vendas.

A safra de cana 2006/07, que está sendo colhida no centro-sul, vai ser a maior da história, mas analistas e corretores projetam que, se os embarques continuarem aquecidos, a oferta será bastante justa na próxima entressafra.

O aumento do álcool também começa a afetar o preço da gasolina nas bombas, segundo o Sincopetro. O consumidor deve gastar cerca de R$ 0,02 a mais por litro devido à alta do derivado de cana nas últimas semanas.

Atualmente, a gasolina é vendida nos postos com uma mistura de 20% de álcool anidro.

 

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