As cotações do petróleo caíram nesta quarta-feira (15), ainda afetadas pelos temores de um excesso de oferta no mercado mundial e pelas tensões comerciais entre Pequim e Washington.
O preço do barril de tipo Brent, negociado em Londres para entrega em dezembro, recuou 0,77% a 61,91 dólares. Seu equivalente no mercado americano, o barril de tipo West Texas Intermediate (WTI), com vencimento em novembro, baixou 0,73%, para 58,27 dólares.
Os preços do petróleo evoluem para níveis não vistos há quase seis meses.
“O mercado adere à hipótese da Agência Internacional de Energia (AIE) de uma superabundância da oferta”, resumiu Phil Flynn, do Price Futures Group.
Na terça-feira, a AIE revisou para cima suas previsões de crescimento da oferta de petróleo com relação às de setembro, e diminuiu muito ligeiramente suas estimativas de um aumento da demanda para este ano e o próximo.
No total, a instituição projeta uma oferta adicional de cerca de 2,2 milhões de barris por dia (mbd) em 2025, mas, sobretudo, de quase 4 mbd em 2026.
“Um excedente de petróleo, esperado há tempos, começa finalmente a surgir e deveria pesar nos preços”, anteciparam “alguns dos maiores comerciantes mundiais de matérias-primas na conferência Energy Intelligence” na terça-feira em Londres, destacaram analistas do DNB.
Os operadores do mercado também se preocupam com o retorno das tensões comerciais entre China e Estados Unidos, acrescentou Flynn. Essas relações difíceis podem minar a economia mundial e a demanda de petróleo.
O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, afirmou, nesta quarta-feira, que, segundo sua informação, o presidente Donald Trump ainda planejava se reunir em breve com seu par chinês.
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