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Economia

Petróleo recua por perspectiva de excesso de oferta

Preços do petróleo recuam com aumento moderado da produção e incertezas sobre economia dos EUA

Redação Jornal de Brasília

04/11/2025 18h42

petróleo

Foto: Reprodução/Instagram

Os preços do petróleo retrocederam nesta terça-feira (4), em um contexto de cautela crescente após a última reunião da Opep+ pela possibilidade de um excesso de oferta no mercado.

Nesse contexto, o barril de tipo Brent, negociado em Londres para entrega em janeiro, recuou 0,69%, para 64,44 dólares. Seu equivalente no mercado americano, o barril de tipo West Texas Intermediate (WTI), com vencimento em dezembro, caiu 0,80%, para 60,56 dólares.

O mercado “volta a concentrar sua atenção na dinâmica da oferta” após a reunião de domingo da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados (Opep+), explicou à AFP John Kilduff, da Again Capital.

Oito membros do grupo acordaram elevar a produção em 137 mil barris por dia, um aumento que já tinha sido amplamente antecipado pelos analistas.

Contudo, “devido à estacionalidade”, os países também decidiram suspender o aumento da produção em janeiro, fevereiro e março de 2026.

“Sua ação busca evitar uma queda pronunciada dos preços”, declarou Kilduff, mas, ao anunciarem uma pausa, “de alguma maneira confirmaram” que o mercado poderia enfrentar um excesso de oferta.

Além disso, a paralisação orçamentária nos Estados Unidos continua e com ela a ausência de dados econômicos oficiais desde 1º de outubro.

O bloqueio provocou a suspensão temporária de centenas de milhares de funcionários públicos e afetou gravemente a distribuição de ajudas sociais.

“Os operadores do mercado avançam às cegas, preocupados com a solidez da economia americana e com dúvidas sobre se isso se traduzirá em uma desaceleração da demanda”, assegurou Kilduff.

Segundo o analista, “o único fator que sustenta o mercado são os ataques ucranianos persistentes contra infraestruturas petrolíferas russas”, que geram temores de possíveis interrupções no fornecimento.

AFP

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