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Economia

Países emergentes estão avançando no financiamento bancário contra a mudança climática

Mais de 25% dessas entidades não investem de forma alguma nessa área, de acordo com um relatório do BM

Redação Jornal de Brasília

29/08/2024 14h29

Foto: Reprodução/Internet

A grande maioria dos bancos dos países emergentes está envolvida apenas marginalmente no financiamento de iniciativas contra o aquecimento global ou na adaptação das sociedades para lidar com a mudança climática, informou o Banco Mundial (BM) nesta quinta-feira (29).

De acordo com os dados da organização sedada em Washington, mais de 60% dos bancos dos países emergentes, cujo PIB per capita está entre US$ 1.136 e US$ 13.845 (entre 6.401 e 78.000 reais) por ano, destinam menos de 5% dos empréstimos a empresas ou ações que tenham um impacto positivo em termos climáticos.

Mais de 25% dessas entidades não investem de forma alguma nessa área, de acordo com um relatório do BM.

Em alguns casos, os bancos não encontram apoio das autoridades reguladoras: enquanto mais de 76% das economias desenvolvidas adotam sistemas para identificar as finanças verdes a fim de ajudar as instituições financeiras a detectá-las, apenas 10% dos países emergentes desenvolvem tais mecanismos.

“Precisamos que os bancos privados participem do esforço” contra o aquecimento global, disse o diretor de política de desenvolvimento do Banco Mundial, Axel van Trotsenburg, citado no comunicado.

“A adaptação é subfinanciada”, disse Pablo Saavedra, vice-presidente de finanças do Banco Mundial, também citado no comunicado.

“Apenas 16% dos créditos em países emergentes ou em desenvolvimento são destinados à adaptação” às novas condições climáticas, “e dessa pequena parte, 98% é financiamento público”, explicou.

A falta de estabilidade do sistema financeiro em alguns países emergentes é uma das dificuldades que explicam essas porcentagens. Cerca de 30% desses países podem enfrentar uma crise financeira nos próximos 12 meses, de acordo com o BM.

Muitos deles já enfrentaram crises de dívida que os obrigaram a recorrer ao Fundo Monetário Internacional (FMI).

© Agence France-Presse

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