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Economia

Nubank demite dois funcionários por justa causa por planejarem atacar sistemas internos

Desde a semana passada, somam-se 14 demissões por justa causa na empresa

Redação Jornal de Brasília

11/11/2025 12h05

nubank captura de tela reprodução

Foto: Reprodução / app nubank / Jornal de Brasília

GABRIELA CECCHIN
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS)

O Nubank anunciou a demissão de dois funcionários por, segundo a empresa, planejar sabotar sistemas internos da fintech, de acordo com um comunicado à equipe. As dispensas, segundo pessoas a par do assunto, foram por justa causa.

Desde a semana passada, somam-se 14 demissões por justa causa na empresa. As 12 primeiras tiveram como justificativa uma discussão durante uma reunião online, com cerca de 7.000 funcionários, durante a qual foram anunciadas mudanças graduais no modelo de trabalho majoritariamente remoto para um híbrido, que chegará a três dias presenciais por semana.

O Nubank não se pronunciou sobre as novas demissões. O comunicado aos empregados, assinado pelo CTO (diretor de tecnologia) Eric Young, diz que qualquer tipo de ameaça ao sistema financeiro é um crime federal, e que as autoridades foram acionadas. Ele também acrescenta que a instituição conseguiu evitar a implementação do plano de sabotagem.

As novas demissões acontecem em meio a discussões com o Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e região, que já havia solicitado a suspensão das 12 dispensas no sábado (8), por considerar que trabalhadores têm o direito de discordar das mudanças que vão afetá-los —especialmente dos que moram fora de cidades com escritório da fintech.

A entidade realizará uma plenária com trabalhadores na noite desta quarta-feira (12).

Na quinta-feira (6), o Nubank anunciou a migração do regime de uma semana presencial por trimestre para três dias presenciais por semana. Entre os motivos, a fintech diz querer fortalecer a cultura da empresa, ter ideias mais inovadoras e acelerar o desempenho operacional.

O CEO, David Vélez, que atualmente mora no Uruguai, vai se mudar para um país com escritório da empresa para acompanhar as mudanças.

A fintech diz que vai expandir seus escritórios para atender a demanda. São três unidades em São Paulo (Pinheiros e Vila Leopoldina), um na Cidade do México e um em Bogotá, na Colômbia. A empresa ainda tem três “hubs de talentos”, espaços para networking e capacitação, em Montevidéu (Uruguai), Berlim (Alemanha) e Durham (EUA).

Também devem ser inaugurados novos escritórios nas cidades de Campinas (SP), Belo Horizonte (MG), Rio de Janeiro (RJ), Buenos Aires (Argentina) e na região metropolitana de Washington (EUA), Miami e Palo Alto, nos Estados Unidos.

A plataforma conta com 9.500 funcionários no total, mas não divulga quantos funcionários trabalham por região.

Funcionários ouvidos pela reportagem afirmam que há um descontentamento por parte de um grupo de profissionais com a mudança. Um deles, por exemplo, disse à reportagem que está em processo de compra de uma casa fora de São Paulo, e agora terá de rever os planos.

Um grupo foi formado no Telegram para discutir as demissões e potenciais ações.

Em comunicado anterior, o Nubank afirma que não comenta casos individuais de desligamento. “Trabalhamos para preservar canais e rituais abertos para o livre debate entre os funcionários, mas não toleramos desrespeito e violações de conduta”, disse.

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