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Economia

Mantega: América Latina tem de se preparar para crise

Arquivo Geral

12/08/2011 15h12

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, informou hoje que os ministros do conselho de economia e finanças da União de Nações Sul Americanas (Unasul) vão assinar um documento que mostra necessidade de integração maior entre os países da região. “Estamos finalizando o documento agora, mostrando que há necessidade de integração maior entre os países da América do Sul que hoje têm desempenho melhor que o de países avançados, que estão com os problemas da crise”, disse Mantega em entrevista em Buenos, durante a reunião do Conselho da Unasul.

Segundo ele, os ministros decidiram que a região “precisa se preparar tanto para eventuais agravamentos da crise dos países avançados como para uma crise mais longa desses países”. O objetivo é de que as nações aproveitem a situação econômica da América Latina, considerada pelos ministros muito melhor que a dos países desenvolvidos. “Nossos mercados são mais dinâmicos e temos situação fiscal sólida. A economia latino-americana é sólida porque conseguiu níveis de crescimento maiores e combinou isso com solidez fiscal e monetária, com responsabilidade”, disse.

Ele explicou que, no entendimento dos ministros da Unasul, o que é preciso fazer é que a região continue crescendo e se transforme em um dos polos de desenvolvimento global. “Assim como a Ásia foi no século passado: se distinguiu e se projetou como uma região de economia dinâmica. Agora, é o século da América Latina, que poderá exercer esse papel”, afirmou.

O ministro da Fazenda ponderou, no entanto, que isto só será possível se as economias da região se integrarem mais. “O Mercosul foi um primeiro passo. Um passo importante, mas gostaríamos de uma integração maior com os países que não estão dentro (Mercosul). Mas, para isso, temos de diminuir barreiras comerciais que existem entre nós”, alertou.

Mantega disse ainda que, nessa integração países como Chile, Colômbia e Peru manifestam intenção de se aproximarem mais. “A integração é um desafio para que nos transformemos em uma economia mais forte”, afirmou.

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