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Economia

Maior otimismo futuro sugere aceleração de investimentos na indústria, diz FGV

Agência Estado

28/09/2016 17h24

Atualizada

O avanço no Índice de Expectativas (IE) do Índice de Confiança da Indústria (ICI), principalmente pelo indicador de negócios nos próximos seis meses, sugere uma aceleração dos investimentos do setor, segundo o superintende de Estatísticas Públicas da FGV/IBRE, Aloisio Campelo Junior. <p><p>"A evolução da situação dos negócios nos seis meses seguintes é a melhor notícia dessa pesquisa. Esse índice não vinha evoluindo tão favoravelmente e costuma ser um indicador de antecipação de tendência de investimentos, porque envolve uma percepção melhor do empresário do ambiente de negócios e da lucratividade", explicou o professor.<p> <p>Mesmo com a redução pelo segundo mês consecutivo da demanda interna e com o enfraquecimento das vendas externas, o setor prevê um cenário melhor para o futuro, segundo Campelo. Esse cenário mais favorável, na visão de Campelo, está relacionado a uma expectativa com um início de afrouxamento da política monetária pelo Banco Central. <p><p>"Aparentemente, o setor industrial acredita que, com uma facilitação de crédito, vai haver um aumento do consumo, principalmente de duráveis. Ainda que o empresário erre projeções, ele toma decisões com base no cenário. A proporção dos otimistas está aumentando, então podem parar de demitir e investir", afirmou, lembrando, contudo que os níveis de investimento estão muito baixos atualmente.<p><p>O Índice de Confiança da Indústria (ICI) avançou 2,1 pontos em setembro, para 88,2 pontos, após queda de 1,0 ponto em agosto. Desde março, o indicador acumula alta de 13,5 pontos. Campelo aponta que com a melhora do indicador no mês e do saldo positivo no trimestre, a trajetória da confiança continua ascendente, mas que não é forte ainda e precisa da confirmação de outros fatores para se firmar. <p><p>"Agora, além da diminuição do pessimismo, podemos dizer que estamos tendo também um sinalizador de otimismo, que fica mais claro no horizonte de seis meses." <p><p>Um fator para estar menos otimista com os índices de produção é o ajuste de estoques. Segundo Campelo, a indústria está terminando esse ajuste. "Ainda há estoque nos segmentos automobilístico e no de bens de capital, mas podemos dizer que o estoque já está em níveis normais em outros setores."<p><p>Quanto às expectativas para a produção industrial no terceiro trimestre, Campelo disse que não é possível fazer previsões devido à volatilidade da confiança nos últimos meses e à expectativa da produção em agosto e setembro. <p><p>Ele afirmou, contudo, que a expectativa é que o cenário é menos positivo que no segundo semestre, quando a produção aumentou 0,6% em relação ao trimestre anterior. Pesam nesse semestre o enfraquecimento das vendas externas e a demora da retomada da demanda interna. "É difícil prever se o setor vai terminar o trimestre no positivo, no negativo ou se vai ficar estável, o que é bastante provável", disse. <br /><br /><b>Fonte: </b>Estadao Conteudo

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