Rio, 31 – O presidente da Shell, Cristiano Pinto da Costa, avalia que diante de preços baixos de petróleo, a redução de custos será fundamental para evitar corte de projetos. Ele observou que, nesse sentido, poderiam ser feitas parcerias para compartilhar estruturas entre as empresas petrolíferas, o que otimizaria as operações.
“Se a empresa não trabalhar com redução de custo e ganho de eficiência, menos projetos serão implementados. É uma condição essencial para que a indústria continue crescendo”, disse Costa durante a OTC 2025, feira de petróleo e gás natural realizada na terça-feira, 28, no Rio de Janeiro.
Ele informou que dentro da Shell há um esforço constante em relação à redução de custos. “Há metas públicas globais. Cada uma das unidades operacionais têm a sua parcela de contribuição. A Shell Brasil tem atuado bastante nessa área, buscando pequenas eficiências, porque o agregado de 100 ou 200 iniciativas de pequenas eficiências vão levar a uma redução de custo”, informou
Costa lamentou que diante da perspectiva de preços mais baixos da commodity em 2026, não exista no País um compartilhamento maior das estruturas já instaladas, o que poderia reduzir os custos de maneira geral.
“A indústria ainda é tímida para fazer parcerias na redução de custos das operações. A atividade offshore tem muita otimização de recursos, que ainda não são compartilhados, sejam barcos, helicópteros. Tem um potencial enorme que a indústria pode extrair valor sem comprometer a operação”, avaliou o executivo.
Estadão Conteúdo