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Economia

Guedes vê potência fiscal na reforma para tentar lá na frente a capitalização

O ministro da Economia Paulo Guedes também afirmou que o governo pretende “reanimar a economia sem truques, só com fundamentos”

Aline Rocha

04/07/2019 15h43

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta quinta-feira, 4, que há potência fiscal suficiente na reforma da Previdência para tentar “lá na frente” criar o regime de capitalização no Brasil. A declaração foi dada em apresentação na edição deste ano da Expert, evento da XP Investimentos, em São Paulo.

“O primeiro movimento foi conseguir potência fiscal na reforma, e há potência fiscal suficiente para tentarmos lá na frente de novo migrar para o regime de capitalização”, disse.

O ministro foi aplaudido de pé pela plateia do evento quando subiu ao palco. Ele acenou com as duas mãos para o público antes de começar a falar. Os participantes foram além e houve quem gritasse “meu presidente!”.

Guedes também afirmou que o governo pretende “reanimar a economia sem truques, só com fundamentos”.

Guedes afirmou que acredita que a reforma da Previdência será aprovada no plenário da Câmara antes do recesso parlamentar. “Eu confio no Congresso brasileiro”, disse o ministro, sendo aplaudido pela plateia logo após essa declaração.

O ministro fez questão de afirmar que tem o apoio de lideranças do Congresso, citando os nomes do presidente da comissão especial, Marcelo Ramos, do relator da reforma na comissão, deputado Samuel Moreira (PSDB-SP), e do presidente da Câmara, Rodrigo Maia. “Ao contrário do que se diz por aí, nós temos o apoio (deles)”, disse.

Descontrole das despesas e pressão sobre gastos públicos

Enquanto falava sobre a necessidade de reduzir o tamanho do Estado, o ministro da Economia, Paulo Guedes, ponderou que “há gente excepcional em Brasília”, mas que os problemas são “o descontrole dos gastos públicos” e “as pressões das corporações” Guedes faz apresentação nesta quinta-feira, 4, na edição deste ano da Expert, evento da XP Investimentos, em São Paulo.

A declaração ocorre em um momento no qual o presidente Jair Bolsonaro se articula para atender a pedidos dos policiais para regras mais brandas para a categoria na reforma da Previdência.

Em seguida, Guedes disse que o Estado tem de atender principalmente às necessidades da população. “Se falta segurança pública, se falta hospital, se falta saneamento, esse recurso tem de descer (para a sociedade), não pode ficar lá em cima. Só com essa centralização pode haver uma série de abusos”, disse.

Previdência

Guedes afirmou que, superada a discussão para a reforma da Previdência, o governo pretende começar a “ensaiar” as privatizações. Ele citou que o governo tem uma meta de US$ 20 bilhões em desestatizações em 2019 e que cerca de US$ 12 bilhões já foram alcançados.

“É uma meta bastante baixa, que será superada ao longo do ano. À medida que for pegando velocidade, e todo mundo for acreditando, podemos ir bem mais do que todos estão pensando”, disse.

 

Estadão Conteúdo

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