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Economia

Guedes: PEC dos Precatórios não é calote, é para evitar calote

O ministro da Economia disse que o governo vai pagar a totalidade dos mais de R$ 89 bilhões em sentenças judiciais

Redação Jornal de Brasília

13/12/2021 6h04

Foto: Agência Brasil

O ministro da Economia, Paulo Guedes, voltou a rechaçar críticas de que o governo estaria dando calote ao adiar o pagamento dos precatórios. Ele garantiu que o governo vai pagar a totalidade dos mais de R$ 89 bilhões em sentenças judiciais, montante fatiado pela PEC dos precatórios.

“PEC dos Precatórios não é calote, é para evitar calote”, disse Guedes durante entrevista ao programa Canal Livre, da Band. “Tudo será cumprido e tudo será pago”, acrescentou. O ministro repetiu que a PEC não representa um furo na regra do teto de gastos, mas sim uma sincronização das maiores despesas com o dispositivo.

Após manifestar confiança na aprovação da PEC no Congresso, Guedes considerou “razoável e compreensível” as mudanças no teto para abrir espaço a despesas sociais quando os políticos são cobrados a dar resposta a notícias de que brasileiros estão comendo ossos.

Durante a entrevista, Guedes destacou a melhora das contas públicas neste ano, quando, pela primeira vez desde 2013, as finanças do setor público – incluindo, além da União, estatais, governo estadual e prefeituras – fecharão no azul (receitas superiores às despesas). Ele também disse que houve erro de mais de R$ 2 trilhões nas previsões de economistas sobre o crescimento da dívida pública, que deve fechar o ano em 80% do PIB, com déficit primário inferior a 1%.

Inflação

“Discordo da ideia de desancoragem”, comentou Guedes durante entrevista ao programa Canal Livre, da Band. “Quem vê que o déficit fiscal (primário) está caindo de 10% (do PIB) para meio, pode achar que é o Banco Central quem está dormindo no volante”, complementou o ministro da Economia, referindo-se a um trecho do último comunicado do Comitê de Política Monetária (Copom) no qual o colegiado avalia que questionamentos ao arcabouço fiscal elevam o risco de desancoragem da inflação.

Na sequência, ao moderar a crítica, Guedes observou que os bancos centrais estão dormindo no volante no mundo inteiro e “se excedendo” com juros negativos, mas o BC do Brasil “acordou mais cedo”.

“Confio no Roberto Campos Neto (presidente do BC), e acho que ele está se movendo mais rápido do que os outros (…) Acredito na condução da política monetária”, afirmou o ministro da Economia.

Estadão Conteúdo

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