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Economia

Governos tentam entrar nos negócios das companhias aéreas, diz presidente de entidade do setor

Das três principais companhias aéreas, a Gol e a Latam anunciaram que estão implementando tarifas para bagagem de mão

Redação Jornal de Brasília

19/10/2025 16h16

Atualizada 20/10/2025 15h38

Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

PAULO RICARDO MARTINS
LIMA, PERU (FOLHAPRESS)

O presidente da Alta (Associação Latino-Americana e do Caribe de Transporte Aéreo), Peter Cerdá, disse neste domingo (19) que governos da América Latina “continuam tentando entrar nos negócios das companhias aéreas” e criticou propostas de regulamentação que, segundo ele, impactam a competitividade do setor.

Durante o Alta AGM & Airline Leaders Forum, evento anual da entidade, Cerdá havia sido questionado sobre o ofício enviado pela Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) às companhias aéreas solicitando esclarecimentos sobre eventuais cobranças para bagagem de mão.

Das três principais companhias aéreas, a Gol e a Latam anunciaram que estão implementando tarifas para bagagem de mão em voos internacionais. A Azul não aderiu à medida.

Depois do movimento das companhias aéreas, o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, disse que vai pautar a urgência do projeto de lei 5041/2025, que trata do direito do passageiro de levar bagagem de mão e item pessoal sem cobrança.

Cerdá afirmou que a América Latina tem um dos maiores volumes de regulamentações de proteção ao consumidor do mundo.

“A maioria dessas propostas não estão ajudando os consumidores. Isso pode impactar e, em muitos casos, reduzir o serviço aéreo dentro de certas localidades. Menos pessoas vão viajar”, disse.

Ainda de acordo com Cerdá, as mudanças nas regulamentações são feitas, geralmente, sem consulta às companhias.

A Anac diz que busca uma regulação equilibrada, que preserve o direito dos passageiros e também a competitividade das companhias aéreas.

O projeto 5041/2025 propõe a obrigatoriedade da gratuidade no transporte de bagagem de mão em voos domésticos ou internacionais operados por companhias aéreas nacionais ou estrangeiras, quando parte da viagem se der em território brasileiro, dentro dos limites regulamentares da Anac.

Posicionamento da Latam

Desde outubro de 2024, a LATAM passou a contar com uma classe tarifária denominada Basic para rotas internacionais para alguns destinos na América do Sul. Essa tarifa, vale ressaltar, já existe em outros países onde a LATAM opera, sendo uma opção de compra mais econômica, ideal para passageiros que viajam com pouca bagagem.

A tarifa permite que os passageiros levem um item pessoal de até 10 kg, que deve ser alocado sob o assento dianteiro à frente, com dimensões máximas de 45 cm de altura, 35 cm de comprimento e 20 cm de largura.

Os passageiros que tenham a necessidade de levar mais bagagem nessas rotas continuarão podendo contar com as demais classes tarifárias já existentes na LATAM: as tarifas Light e Full, que oferecem diferentes comodidades.

Para os voos domésticos operados no Brasil e nas demais rotas de longo curso da companhia a partir de aeroportos brasileiros, as tarifas disponíveis continuarão sendo a Light, Standard, Full, Premium Economy e, a depender da rota, a Premium Business Full, todas incluindo ao menos um item pessoal de até 10kg e uma mala pequena pesando entre 12 kg e 16 kg a depender da tarifa, além de demais opções de comodidades.

Por fim, a LATAM reforça que todas as tarifas comercializadas pela companhia no Brasil, independentemente do destino ou distância, autorizam o passageiro a transportar gratuitamente na cabine 10kg de bagagem._

Informações mais detalhadas sobre as diferentes tarifas da LATAM encontram-se disponíveis no site:_ https://www.latamairlines.com/br/pt/experiencia/prepare-sua-viagem/tarifas

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