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Economia

Galípolo: expectativa ainda estão fora da meta, mas há processo de desaceleração da inflação

Ele participou do Fórum Econômico Indonésia Brasil, promovido pela ApexBrasil, em Jacarta, na Indonésia

João Victor Rodrigues

23/10/2025 8h03

Foto: Divulgação/Casa do Saber

O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, afirmou nesta quinta-feira, 23, que as expectativas ainda estão fora da meta, mas que há um processo de desaceleração da inflação. Reiterou, na sequência, que, para produzir essa convergência, o cenário atual demanda que a taxa de juros permaneça em um nível elevado e restritivo por um período prolongado. Ele participou do Fórum Econômico Indonésia Brasil, promovido pela ApexBrasil, em Jacarta, na Indonésia.

Galípolo também disse que a inflação brasileira está relativamente controlada, mas frisou que o Banco Central está “bastante incomodado pelo fato de que ela ainda não está na meta”.

“A inflação e as expectativas seguem fora do que é a meta. Isso é um ponto de bastante incômodo para o Banco Central, mas estamos falando de uma inflação que está em um processo de redução e retorno para a meta, em função de um Banco Central que vem se mostrando sempre bastante diligente e tempestivo no combate a qualquer tipo de processo inflacionário. Como eu comentei, ainda as expectativas estão fora da meta, mas num processo de desaceleração da inflação”, afirmou.

O banqueiro central detalhou que houve um repique da inflação no início do ano, associado a um processo de desvalorização cambial e mercado de trabalho e consumo bastante aquecidos, mas ponderou que o núcleo da inflação de alimentos está gradativamente caindo “Quando a gente olha para esse tipo de medidor, que é uma média trimestral dessazonalizada, a gente percebe um processo de desinflação bastante acentuado e rápido, já devolvendo a inflação para níveis mais em torno da meta, quando a gente compara com o que a gente tinha no começo.”

Galípolo também enfatizou que esse processo ocorre em um cenário no qual a economia brasileira passa por um ciclo de crescimento contínuo, com revisões sistemáticas das previsões dos economistas para o crescimento econômico. Ressaltou ainda que em 2025, o País deve registrar seu melhor índice de bem-estar econômico desde que foi iniciado o sistema de metas de inflação.

“Estamos com um nível de inflação que, apesar de fora da meta, o que demanda o Banco Central permanecer com uma taxa de juros num patamar elevado e restritivo por um período prolongado para que a gente possa produzir essa convergência, mas conseguindo combinar um nível baixo de desemprego, crescimento positivo e uma inflação que está, olhando para níveis históricos, dentro de um patamar baixo, quando a gente compara com níveis históricos do Brasil.”

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